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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 2 de agosto de 2014

Poesia: "Tão feliz que já fui na mocidade, pra ser tão castigado na velhice", um poema de Donzílio Luiz


Tão feliz que já fui na mocidade
Pra ser tão castigado na velhice

A idade produz um grande mal
E quem zomba do tempo paga o preço
Tanta sorte que tive no começo
Tanta falta de sorte no final
Meu destino perverso foi brutal
Que sabia de tudo e não me disse
No começo deixou que me iludisse
Escondendo o caminho da verdade
Tão feliz que já fui na mocidade
Pra ser tão castigado na velhice

Os meus erros de tempo de criança
Vou pagando na fase de ancião
No lugar de carinho e do perdão
Recebendo o castigo da vingança
Confiar que a matéria nunca cansa
Foi talvez um excesso de tolice
Acertou plenamente quem me disse
Que a dor que mais dói é a saudade
Tão feliz que já fui na mocidade
Pra ser tão castigado na velhice

Quando a vida passava em câmara lenta
Parte alguma no corpo me doía
Tive o auge da minha fantasia
Dos dezoito janeiros aos quarenta
Dos cinquenta pra frente até setenta
Permitiu que eu chorasse, mas sorrisse
Depois disso me fez com que sentisse
O cansaço do peso da idade
Tão feliz que já fui na mocidade
Pra ser tão castigado na velhice

Quem dizia do tanto que eu dizia
Quem cantava veloz igual cantei
Quem sonhava da forma que eu sonhei
Quem já soube do mundo o que eu sabia
A cabeça que nada confundia
Deus agora deixou que confundisse
Pra dizer dez por cento do que disse
Indo sinto a maior dificuldade
Tão feliz que já fui na mocidade
Pra ser tão castigado na velhice

Donzílio Luiz 

Poema retirado do livro “Pelas trilhas da memória”, de Donzílio Luiz de Oliveira.


CANTIGAS E CANTOS

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