
No silêncio ouço a voz da solidão;
Os sussurros febris do anoitecer,
Quando o sol se põe leve pelo chão,
Apagando vestígios do querer.
E, nas sombras restantes da paixão
Sobre o manto sutil do amanhecer,
A saudade reluz numa canção
O que outrora se fez acontecer.
O teu verso faz luz no sentimento;
É semente de puro encantamento,
Que nasceu, noutro agosto, invernoso.
E, no céu deslumbrante de desejos,
Belos sonhos refeitos com lampejos,
Vejo nuvens dum tempo caloroso.
Rachel Rabelo

Nenhum comentário:
Postar um comentário