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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Poesia: "Sonidos resguardados", por Virgílio Siqueira


Sonidos resguardados

Eis que novamente adentro a sala
E olho nos olhos do meu pai
Quero fugir
(Vejo-o triste na tela
Com olhar de terna inquietude)
Não fujo
Prefiro mergulhar e voar, então, naquele universo
Onde o silêncio pesponteia o destino
Com linhas invisíveis
Sinto-me diminuto, ante o quadro na parede
E pela vida com seus truques e tramas
Mas ele está ali
Em sua fortaleza de couros e enigmas
Em sonidos retinidos e resplandecidos
Do martelo no pé-de-ferro
Conseguiria ele interceder por mim?
Poria suaves sandálias em meus pés cansados?
Poderia ele emprestar-me suas asas de anjo artesão?
Colocaria ao dispor de minha incessante busca
A lamparina que lhe acendera, à noite, os olhos em seu ofício?
De novo penso em sair sem despedidas; sem deixar rastros
Quero sair de dentro do estigma que me ilude com palavras
Que não me põem alavancas nas mãos
Que não me movem
O estigma severo que me retém na doçura dos versos
Quando eu sinto e sei
Que os meus pés reclamam por alpercatas e botinas
Que sejam asas firmes
Que me façam caminhar, sem medo, rumo ao nunca
Olho novamente nos olhos do meu pai
E ele, silente, me diz: Se você ficar, estarei sempre aqui
Se seguir, irei também – aonde você for

Virgílio Siqueira
Virgilio Siqueira

VAGA-LUMEAR - Página 396

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