A ROEDEIRA DE ZÉ
Tomei quinze saideira
Enchi o bucho de "mé"
Que sai cambaleando
Sem fazer quatro com pé,
Bebe tu e bebe eu
Belinha também bebeu
Com A ROEDEIRA DE ZÉ.
No dia da carraspana
Lá no bar de seu 'Mané"
Bebendo e tirando gosto
Com desgosto da "mulé",
Sai com dor no "micôco"
Devendo e pedindo trôco
Com A ROEDEIRA DE ZÉ.
Ao tentar sair andando
Só entrava macha a ré
Quando engatei a primeira
Tropecei em seu "Migué",
A frente ficou pra trás
Agora é que eu bebo mais
Com A ROEDEIRA DE ZÉ.
Pra cada verso ingerido
O meu amigo "Bebé"
Passava um "quartim" de cana
Depois lambia a "culé",
Tome verso e tome gole
Bebeu que ficou mole
Com A ROEDEIRA DE ZÉ.
Até Jacó incherido
Casado com "Izabé"
Depois de ler o "tá" livro
Desse poeta José,
Bebeu, caiu da cadeira
Depois dormiu na esteira
Com A ROEDEIRA DE ZÉ.
E nesse bendito bar
O meu "cumpade" Jessé
Botou um "lito" de cana
Numa cuia de coité
Da boca fez uma bica
E você sabe como fica
Com A ROEDEIRA DE ZÉ.
Até o próprio poeta
E você sabe quem é
Bebeu cachaça com rima
E deu cachaça a Mazé,
E são mais de vinte anos
Casados, fazendo planos
Com A ROEDEIRA DE ZÉ.
Poeta Antônio Carneiro
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