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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 20 de julho de 2014

Poesia: A genialidade de Orlando Tejo homenageando as genialidades de Pinto e de Louro

Em homenagem a Lourival Batista Patriota, o Louro do Pajeú (1915-1992) e a Severino Lourenço da Silva Pinto, o Pinto do Monteiro (1895-1990) um poema escrito por Orlando Tejo.
VAGAS DIVAGAÇÕES EM TORNO DE PINTO DO MONTEIRO E LOURO DO PAJEÚ
A Helena Marinho Patriota, a metade de Louro que ficou.
Grande saudade hoje sinto
Das cantorias-tesouro
Do gigante que foi Pinto,
Do uirapuru que foi Louro.
Era uma graça, um estouro
Ouvir em qualquer recinto
Os trocadilhos de Louro
Os desconcertos de Pinto.
Tal qual no Bar do Faminto,
Do Pátio do Matadouro,
Quando Louro aceitou Pinto
E Pinto abençoou Louro.
Mas no Bar Rosa de Ouro
Houve um encontro distinto
Pinto elogiando Louro,
Louro chaleirando Pinto.
Jamais ficará extinto
O meu prazer de ouvir Louro
Querendo derrubar Pinto,
Pinto bricando com Louro.
No Bar Casaca-de-Couro
Vi o maior labirinto:
Pinto depenando Louro
E Louro esganando Pinto.
No Mercado, em Rio Tinto,
Um momento imorredouro
com as emboscadas de Pinto
E as escapadas de Louro.
No Beco do Bebedouro
Um desfio ao instinto:
Pinto superava Louro,
Louro desmontava Pinto.
No bar de Moisés Aminto
(À Curva do Varadouro)
Louro acompanhava Pinto,
Pinto fugia de Louro.
Assisti, no Bar Jacinto,
Luta de cristão e mouro
Quando Louro açoitou Pinto,
E Pinto escanteou Louro.
O sol no nascedouro
E haja mel e haja absinto
Nas divagações de Louro,
Nos ultimatos de Pinto.
Num diálogo suscinto
Reverberavam em coro
Iluminuras de Pinto,
Clarividências de Louro.
Essa dupla, sem desdouro,
Reinou do primeiro ao quinto:
Pinto maior do que Louro,
Louro maior do que Pinto.
Duas fivelas num cinto,
Batéis sem ancoradouro,
Assim foram Louro e Pinto,
Assim serão Pinto e Louro.
Penso, reflito, pressinto
Que em todo o tempo vindouro
Ninguém vai superar Pinto,
Nenhum fará sombra a Louro.
Pois não há praga ou agouro
Que manche a paz do recinto
Das glórias que envolvem Louro,
Dos louros que adornam Pinto.
Aqui faço paradouro
(Ir além me não consinto),
Rendido ao gênio que é Louro,
Curvado ao estro de Pinto.

Jornal Besta Fubana

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