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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Música »Sertanejo universitário é para pessoas musicalmente ingênuas, afirma Zuza Homem de Mello

Jornalista e musicólogo lança novo livro: Música com Z. De Elizeth Cardoso a Charles Mingus, de Itamar Assumpção a Dizzy Gillespie




Zuza Homem de Mello viu e ouviu praticamente tudo referente à música popular brasileira, da década de 1950 até os dias de hoje. O jornalista e musicólogo, que atuou como baixista na juventude, foi engenheiro de som dos festivais da TV Record, nos anos 1960, e tornou-se umas das principais referências quando a MPB entra na pauta. Nos programas de TV e de rádio que comandou e nos artigos, entrevistas e reportagens que produziu para a imprensa, ajudou a contar uma parte fundamental da história cultural recente do país. Aos 81 anos, em plena atividade, reuniu 140 desses textos, escritos ao longo de seis décadas, no livro recém-lançado Música com Z. De Elizeth Cardoso a Charles Mingus, de Itamar Assumpção a Dizzy Gillespie. Em entrevista, fala sobre o atual modelo que rege a indústria cultural. “Os meios de comunicação no Brasil de hoje não são dirigidos por pessoas que conheçam de música”.
Em 2003, você escreveu um texto imaginário como se fosse sua amiga Elis Regina, reproduzido no livro Música com Z. Uma década depois, e mais de 30 anos após a morte dela, o que Elis diria sobre o Brasil de hoje?

Ela estaria do mesmo jeito, sem papas na língua. Elis tinha uma grande percepção do que se passava na área musical, e isso é o que fazia dela uma pessoa diferenciada. Elis não era só uma cantora… E, tirando todas as qualidades musicais dela, você podia falar com ela sobre todos os assuntos: futebol, política, social. Você não pode conversar sobre isso com os caras do sertanejo universitário, não tem a menor condição. Eles morreriam na primeira frase.

E o que Elis acharia, então, do sertanejo universitário?
Que é uma enganação, né? É um gênero para as pessoas musicalmente muito ingênuas. Você não pode obrigar que todas as pessoas sejam capacitadas a entender de música, mas há um enorme contingente que engole qualquer coisa e acha graça. Esse número cresceu muito nos últimos anos no Brasil, mas um dia eles não vão mais se satisfazer com isso.

Você disse que Marisa Monte é uma dessas artistas de quem todo mundo gosta, mas você nem tanto. Mantém a opinião?
Depois que eu disse isso, fiz questão de assistir novamente a um show da Marisa, mas de uma maneira bem solta, sem parti pris (opinião pré-concebida e tendenciosa), como se fosse a primeira vez. Fui com minha filha e minha mulher, que adoram a Marisa. E tive exatamente a mesma sensação que tive quando a vi no começo da carreira dela: eu não vibrei em nenhum momento do espetáculo. Minha filha adorou, mas para mim não aconteceu nada. Eu continuo com a mesma opinião. Quando a vi, ela estava iniciando, e tive essa impressão. Muitos anos depois, não houve nenhum mudança.

Gabriel de Sá - Correio Braziliense

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