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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 12 de julho de 2014

ÃO PAULO: Antônio Nóbrega luta para não perder espaço do Instituto Brincante

Artista recebeu o aviso de despejo do prédio que fica na Vila Madalena. No local será construído um edifício


Músico pernambucano mantém Instituto há 21 anos, em São Paulo / Divulgação

Antonio Nóbrega é um brasileiro sincopado. Tenta se desviar das tantas pedras do caminho com o gingado que só nós temos. Enquanto leva a arte brasileira aos vários lugares do mundo, através de palestras e aulas-espetáculos, e ao Brasil se apresenta nos palcos, no teatro e em breve no cinema (no dia 20 de novembro, lança o filme Brincante), o artista pernambucano também corre o risco de perder seu próprio chão: é mais um brasileiro de carne e osso que luta para não ser engolido pelos gigantes de cimento e argamassa. 
Bailarino, ator, professor e cantor, Nóbrega vive em São Paulo há décadas, e há 21 anos mantém, com esforço e trabalho, o Instituto Brincante, espaço que abriga apresentações de música, teatro e dança, palestras e oficinas sobre a arte brasileira. No entanto, há um mês, o artista recebeu o aviso de despejo do prédio que fica na Vila Madalena, bairro nobre paulistano. Os dois galpões de 800m² foram vendidos a uma incorporadora para a construção de um edifício. Segundo Nóbrega, o metro quadrado na região custa de R$ 6 mil a R$ 9 mil. “Eu não tenho esse dinheiro em caixa, mas há formas de consegui-lo”, garante Nóbrega, que tem 15 dias para deixar o imóvel.
“A gente, de alguma maneira, já previa isso. Como no Recife, a Vila Madalena tem sofrido com a grande especulação imobiliária”, afirma o músico. “O que o Brincante está passando é igual ao problema com a ocupação do Cais José Estelita. São espaços urbanos onde a sociedade civil não tem nenhum poder de se colocar. O capital ficou muito fácil de tomar conta de tudo”, finaliza. Ele ressalta ainda a importância que essas situações têm ao abrir a discussão do direito da sociedade de discutir a gerência dos espaços públicos. 
Norteado pelos ensinamentos do escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, Antonio Nóbrega leva o Instituto Brincante mergulhado no cerne do Movimento Armorial. “É um lugar referencial não só para São Paulo, como para o Brasil, por ser um misto de centro cultural, espaço de cursos e eventos. A nossa singularidade é termos como escopo e alicerce a cultura popular, sem visão xenofóbica, mas uma maneira de apresentar ao Brasil a cultura do Brasil”, conta. Neste centro cultural, por onde já passaram mais de 50 mil visitantes e 20 mil alunos, se apresentaram nomes como o bailarino e músico Helder Vasconcelos, o cantor Siba e o próprio Ariano. 
Em entrevista ao Estado de S. Paulo, na última terça, o ex-proprietário do imóvel, César de Oliveira Alves, disse que não gostaria de ter concluído a transação, mas que precisou do dinheiro por problemas de saúde na família. No entanto, Nóbrega reclama que não foi procurado antes da conclusão da venda. Agora, o pernambucano tenta, junto à Justiça, o direito de compra do espaço. “A preferência é nossa, afinal estamos aqui há mais de duas décadas”. 
Enquanto espera uma decisão da Justiça, e sem desacreditar nela, Antonio Nóbrega também conta com ajuda dos fãs e amigos. Nas redes sociais, os internautas postam apelos com a expressão “#ficabrincante”. 



PROJETOS - Sem parar um só minuto, Nóbrega se divide entre as negociações sobre os galpões com projetos artísticos. Atualmete, finaliza o documentário musical Brincante, com direção de Walter Carvalho. O longa-metragem reconta o universo criado por 40 anos de pesquisas e criações do multiartista.
Na internet, Nóbrega decidiu melhor conciliar o trabalho de músico com o de dançarino e palestrante, e agora disponibilizou toda a sua obra à venda em diferentes canais digitais e, de quebra, modernizou seu site www.antonionobrega.com.br. Em breve, o artista pretende se dedicar ao blog. Uma plataforma que, segundo ele, facilitará ainda mais a disseminação da arte. 
Em agosto, ele palestrar em Londres, no Congresso Internacional da Brazilian Studies Association (Brasa), que acontecerá no final de agosto. Usando a dança como caminho do pensamento, o artista vai mostrar o que faz da arte brasileira uma expressão singular.

Mateus Araújo

JConline

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