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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 28 de junho de 2014

Poesia: "Olhar interior", um poema de Gilmar Leite


Olhar Interior

Ao olhar para dentro de meu peito
Vejo as flores mais lindas do sertão
A cantiga saudosa de um carão
O vaqueiro aboiando satisfeito
A imagem do roçado em tom perfeito
Os orvalhos no cálice de uma flor
A viola de um mestre cantador
Turbilhões de poemas saltitando
A sanfona Gonzaga ritmando
O meu sonho sertão encantador.

Quando eu olho meu peito sertanejo
Vejo “santas” rezando em procissão
A beleza possante de um alazão
Um sibito cantando num solfejo
O clarão do relâmpago em lampejo
As rosinhas florindo dos botões
A cantiga das águas nos grotões
O sorriso do velho fazendeiro
A rolinha cantando no terreiro
Transbordando meu peito de emoções.

Ao olhar para dentro do meu Ser
Vejo os vales da terra sertaneja
Cantadores travando uma peleja
O vermelho do sol a padecer
A manhã colorida alvorecer
As sutis borboletas multicores
O balé dos pequenos beija-flores
Uma estrada deserta sem ter fim
A brancura elegante do jasmim
Perfumando minh’alma com olores.

Quando eu olho no campo coração
Vejo as cores do homem camponês
O berrante estridente de uma rês
O namoro enxerido do azulão
Uma velha pisando no pilão
O campônio cuidando da boiada
As mandingas de toda meninada
Na parede a roupagem do vaqueiro
O pequeno clarão do candeeiro
Fulgurando minha alma encantada.


Gilmar Leite

 Gilmar Leite


Fonte: Blog Àguas do Pajeú

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