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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Poesia: "Eu não troco o meu oxente, pelo ok de ninguém", por Marcílio Siqueira

ariano-suassuna

Ariano Suassuna proferiu, numa de suas aulas espetáculos, uma frase de excepcional sabedoria:

“Eu não troco o meu OxentE, pelo OK de ninguém!”

Marcílio Siqueira, um poeta popular, glosou este mote com criatividade, inteligência e a ironia que caracterizam os improvisadores de versos antológicos:

“Esse tal de rocambole
Esfirra, nissin, miojo
Quer-me ver cuspi com nojo
Ofereça-me um rizole
Prefiro uma fruta mole
Beliscada do vem-vem
Feijão de corda xerém
Canjica com leite quente
Eu não troco o meu oxente
Pelo ok de ninguém.

Tomar wiski importado
Na taça pra ser bacana
Sou mais um gole de cana
Num caneco enferrujado
Não sou muito refinado
Nem tenho inveja também
Druris, conhaque, almadem
Prefiro minha aguardente
Eu não troco o meu oxente
Pelo ok de ninguém.

Esses verbetes do inglês
Que usam no dia a dia
Não me trazem simpatia
Estragam meu português
Vou ser sincero a vocês
Sou muito mais meu quinem
Adonde, prumode, eim?
Acho mais inteligente
Eu não troco o meu oxente
Pelo ok de ninguém.

Eu não falo REDBUL
Prefiro touro vermelho
MIRROR pra mim é espelho
BLUE BIRD pássaro azul
Bonito e não BEAUTIFUL
Falo dez em vez de TEN
BABY pra mim é neném
E HOT pra mim é quente
Eu não troco o meu oxente
Pelo ok de ninguém.

Não gosto de pancadão
Nem de rap improvisado
HIP HOP pé quebrado
Sem métrica e sem oração
Sou muito mais Gonzagão
No forró do xem, nhem, nhem
Gosto de aboio e também
De um baião de repente
Eu não troco o meu oxente
Pelo ok de ninguém.

Marcílio Siqueira


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