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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 5 de abril de 2014

Livro: Paulo Coelho lança livro sobre traição e diz que não vem à Copa em protesto

  • nspirado em histórias pesquisadas na internet, ‘Adultério’ chega às livrarias na quinta-feira
  • defende as biografias não autorizadas

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Autor se diz a favor de biografias não autorizadas: “Essas pessoas não estão sabendo envelhecer”, afirma ele
Foto: Divulgação/Marcos Borges
    RIO - Após cancelar sua participação na Feira de Frankfurt, que homenageava o Brasil, no ano passado, Paulo Coelho também não vem a seu país para a Copa do Mundo, em protesto. Ele fez campanha pela escolha do Brasil, mas se diz decepcionado com os rumos do país. Prestes a lançar seu novo romance, “Adultério” (Sextante), que chega às livrarias na quinta-feira, ele falou ao GLOBO por telefone de sua casa, em Genebra, na Suíça. O livro, escrito após o mago participar anonimamente de fóruns na internet sobre traição, conta a história de uma mulher que resolve trair o marido com um ex-namorado de adolescência. Na entrevista abaixo, Coelho, nunca alheio a polêmicas, volta a criticar a comitiva de Frankfurt, defende as biografias não autorizadas e explica por que, depois de anos apoiando o PT, resolveu não participar da campanha eleitoral do partido

    Como um homem casado há mais de 30 anos com a mesma mulher se inspirou para escrever sobre adultério?
    Tenho 26 milhões de seguidores no Twitter (somando-se as redes sociais, são 28 milhões), e pedi que me falassem anonimamente sobre depressão, para escrever no meu blog. Recebi mais de mil respostas. Notei que, dessas, 10% tinham mesmo depressão, e 90% tinham na verdade problemas afetivos. Depois, me inscrevi anonimamente em fóruns de pessoas que sofrem com traição. E reuni um material riquíssimo. Cheguei a cinco pessoas que tinham histórias bem emblemáticas, disse quem eu era e usei as histórias. Troquei nomes e o lugar de origem delas. Quando vi, estava pronto. É um livro sobre amor. O adultério não é sobre sexo. O problema do adultério se resume à traição afetiva.

    O que motiva as pessoas a cometer adultério?

    Minha intenção não é julgar e analisar. Meu medo é só que as pessoas não comprem o livro por causa do título. Foi a preocupação de alguns editores no exterior, que sugeriram nomes como “O caso” ou “Fidelidade”, que dá menos bandeira. Mas, a esta altura da vida, eu tenho que fazer aquilo em que acredito. Eu corro meus riscos. Sempre corri. Não é agora que vou deixar de correr.

    Em “As valkírias”, você também fala de uma crise no casamento. Alguma relação entre as duas histórias?

    “As valkírias” é sobre a minha relação com a Christina (Oiticica, sua mulher). “Adultério” é baseado em experiências alheias. Mas nem estabeleci essa relação. Eu começo o novo livro com a protagonista quase em depressão. Ela tem uma sensação, muito comum, de que o casamento limitou sua vida.

    É verdade que pela primeira vez você não vai participar da campanha do PT?

    Há uma profunda decepção. Eu acho que o poder cega. O PT foi muito bem, é responsável por um grande avanço; mas que não começou com ele, e sim com o FHC. De repente eu vi que a coisa toda começou a virar meio um clientelismo. Acho que o PT infelizmente perdeu o rumo, como qualquer partido que fica muito tempo no poder.
     

  • Essa decisão tem algo a ver com as manifestações do ano passado?

    Não. Mas acho as manifestações profundamente justas. Foi um momento para o PT se dar conta de que não pensa o Brasil sozinho. E também não vou à Copa, embora tenha ingressos.
    Por quê?
    Eu não posso estar dentro do estádio sabendo o que se passa lá fora com os hospitais, a educação e tudo o que o clientelismo do PT tem renegado muito.

    Esse afastamento do partido também significou um afastamento das amizades, como de José Dirceu?

    Podendo pular essa pergunta, eu te agradeço. Não tem nada a ver. O Zé é uma pessoa... Eu não falei com ele porque ele está preso. Não tem nada a ver.

    O que achou da polêmica das biografias no ano passado?

    Dia 18 eu vi o filme sobre a minha vida (“Não pare na pista”, de Daniel Augusto, com previsão de estreia em agosto). Não li roteiro, não quis nem saber o que era. Mas, se você tem uma vida pública, você não pode querer, a não ser que você se encarregue disso, que ela seja privada. A atitude dessas pessoas me decepcionou muito. Acho que fora o Gilberto Gil, que é um cara que sei que entrou naquilo por amizade, essas pessoas não estão sabendo envelhecer. Pessoas que lutaram pela liberdade, usaram a arte contra a ditadura. Talvez eu também não esteja sabendo envelhecer. Mas me entristeceu muito.

    Você gostou do filme?

    Eu adorei. Pensei que, já que minha agente vendeu os direitos, fosse o que Deus quisesse. Falei que não ia ver. Sabe aquele negócio de dar uma de avestruz? O que eu não ia era censurar. Eu já tinha permitido ao Fernando Morais entrar fundo na minha vida, embora não ache a melhor biografia.

    Na época da biografia escrita por Morais, “O mago”, você disse que não se lembrava de ter sido tão trágico.
    O filme também tem esse lado. Minha irmã estava lá. Eu a vi chorar o tempo todo ao meu lado. E eu fiquei muito comovido. O que fica de mais marcante é que no fundo esse filme é uma apologia do meu pai. Coitado! Eu era severo, ele também. Batemos os dois de frente. E o filme é muito justo com ele.

    No ano passado, comentou-se que você cancelou a participação na Feira de Frankfurt porque não foi convidado para fazer o discurso de abertura. É verdade?

    Não. Vive-se nesse negócio do Estado que sustenta. Está bem o Estado sustentar a literatura, o que não fica bem é se criar um núcleo de escritores avalizados pelo Estado. Li uma boa entrevista com o (escritor) Luiz Ruffato dizendo que não sobrou nada do que se gastou em Frankfurt. E é verdade. Você vai à Alemanha e não vê absolutamente nenhum resultado do esforço gigantesco que foi feito. Porque foi um esforço muito mal feito. Havia pessoas com imensa capacidade, mas a maioria estava ali pelo famoso nepotismo. Nem toca nesse negócio de discurso de abertura, porque é desmentir uma coisa que não é verdade: “Paulo Coelho diz que não assaltou o banco”.

    Você foi a Frankfurt “à paisana”?

    Fui, para falar com meus editores. Vi de longe os ônibus, todos tinham o meu rosto. Estava tudo preparado para eu ir. E eu vou este ano, porque não quero me queimar com a feira.

    Sua aproximação dos autores fantásticos se dá por identificação, por ter sido rejeitado pela crítica no começo da carreira?

    Não é que a crítica não goste deles. A crítica os ignora, como me ignorava. Quando descobre, é para falar mal. Eu não fui descoberto pela crítica. Hoje é muito diferente. Naquela época não havia alternativas. Sabe quem é o (escritor) Eduardo Spohr? Foi a primeira vez em que pedi para dar uma entrevista. Pedi para ele me botar em contato com o pessoal do Jovem Nerd (blog com que Spohr colabora). Foi a única entrevista que dei em Frankfurt.

    Você dançou “Sandra Rosa Madalena” na entrevista...

    Era “O meu sangue ferve por você” (risos). São pessoas interessantíssimas e representam uma virada nessa cultura (literária). Comecei a ler e gostar dessa nova literatura, acho uma linguagem maravilhosa. E a aproximação se deu por isso. Eles são nerds, mas não têm o ranço do pseudointelectualismo.

  • MAURÍCIO MEIRELES
  • O GLOBO
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