
O AUTÊNTICO EGIPCIENSE!
Quem nasceu neste berço encantador
Tem no sangue os encantos culturais
Os costumes, respostas, ideais
E perfil de guerreiro trovador
São José do poeta e de cantor
Canta o canto encantado da emoção
Tem talento e a luz da educação
Autoestima, vigor, intensidade
É um mar transbordando liberdade
Pelas ondas dos versos do baião
É sentir o dom nobre da poesia
Mesmo sem construir nenhum poema
É viver cultivando só problema
E saber repassar só alegria
É trocar uma noite pelo dia
É ser crítico e ter contemplação
Com orgulho de sua região
Acolher lucidez, fé e loucura
Com amor aos valores da cultura
Tendo seu Pajeú no coração
É saber receber qualquer turista
E moldá-lo ao estilo da cidade
Sendo autêntico na hospitalidade
Exaltando perfil de cada artista
É fazer da conversa uma conquista
Com repente, piada ou algo escrito
Ser cordato pra não causar atrito
E só ir para casa descansar
Quando ouvir o turista declarar:
“Gostei muito de São José do Egito!”
É saber de nosso hino a autoria
Mulher nova... Quem é o seu autor
Quem foi que pensou ser um Beija-Flor
Quem compôs “Jesus, Filho de Maria”
Quem criou o Quintal da Cantoria
E quem foi João Guilherme de Aragão
Quem foi que fez defesa em Confissão
Quem a Cura criou com seu talento
Quem fez Carta a Karol em Nascimento
Quem sonhou com justiça em Pregação...
É lembrar do singelo oficial
De justiça, tutor do Paisagismo
Viajar lá “Na Senda do Lirismo”
E dizer quem “plantou” o “Meu Trigal”
Exaltar a “Loucura do Real”
Informar quem foi águia, gavião
O prefeito poeta do sertão
Carne e Alma torná-lo um imortal
São José, etc., coisa e tal
E os Três Faraós saber quais são
Desvendar Leonam de Manoel
Pelas “Faces do Sonho” vislumbrar
Um Elói, um Haroldo, ouvir tocar
Pedro Leite e o seu baião fiel
Conhecer obras primas de Ismael
“Debruçar-se na lua”, ver seus brilhos
De ” Veinho” lembrar rastros e trilhos
Distinguir mote, métrica, oração
Notar logo uma rima pobre ou não
E dizer quem foi Rei dos Trocadilhos
É saber quem foi Biu, o Cassiano
Ter ouvido falar sobre Milonga
As respostas hostis do mestre Gonga
Ou um Dado, soldado por engano
Um “Caboco” Ferreira lobo humano
Um “Zé Gago”, “Profiro”, “ Pé no Frei”
Um Walfredo-da terra-quase um rei
Seu Inácio: “doutor” em eleição
Uma Vila “surrando” o violão
E gracejos de Val e Vianey
Mais cem nomes citar eu poderia
Porém já relembrei um bom bocado
Se você não souber fique animado
Que tem gente pra lhe contar um dia...
Por fim lembro que o “Berço da Poesia”
Tem na fé o seu teto, abrigo e véu
Pois viver por aqui é um troféu
De valor triunfal que não se encerra
É você residir em sua terra
E pensar que já vive lá no céu!

VALEU POETA, COM CERTEZA, DISSE TUDO, ABRAÇOS.
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