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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Entrevista » Tom Zé lança livro BookSong no Recife

Músico baiano conversa com o Viver sobre as polêmicas envolvendo recentes trabalhos
 (André Conti/Divulgacao)

Depois de um hiato de dois anos, Tom Zé volta ao Recife para lançar, em primeira mão, o BookSong(Editora Multifoco). Antes da sessão de autógrafos, o baiano faz pocket show na Caixa Cultural, no Bairro do Recife, nesta sexta-feira, a partir das 19h30. A apresentação reúne faixas do álbum Tropicália lixo lógico e canções incluídas no livro, um recorte dos discos lançados entre 1968 e 2008. A obra traz ainda letras, cifras, ilustrações, fotos de arquivo pessoal, comentários e uma breve biografia do músico de 76 anos.

Envolvido em polêmica após participar de um comercial da Coca-Coca, o cantor passou de "gênio" à "bunda mole" nas redes sociais.  Em resposta aos julgametos do público, doou o cachê de R$ 80 mil que havia recebido à Sociedade Lítero Musical, no Irará, cidade baiana onde nasceu. Contra-atacou ainda com o álbum Tribunal do Feicebuqui.O BookSong veio para apaziguar os ânimos entre músico e patrão - como se refere aos fãs.

Entrevista >> Tom Zé

"A vida de artista virou uma religião. É muita ocupação"

Como está a sua rotina?
A quantidade de trabalho é tudo o que eu posso aguentar. Agora mesmo estou envolvido em uma música para um disco infantil do Zeca Baleiro. Entre uma coisa e outra, gravo umas imagens para um vídeo do colega Marcus Preto. É tanta ocupação. Quer dizer, a vida de artista virou uma religião. Faço ginástica na direção de ficar pronto para os palcos. Quando viajo, o tempo que não estou trabalhando, estou descansando para trabalhar. É uma espécie de religião. Na verdade, a palavra não é essa. Estou tentando me lembrar, por isso estou gaguejando.



Devoção?
Isso. Devoção é melhor do que religião.

Você gosta de dar entrevistas?
Acho ótimo. Me esforço para tornar o cognitivo mais interessante e fazer o outro se interessar por meu trabalho e, assim, salvar meu futuro. Mas tem um tipo de pessoa que não entende fácil, o que torna tudo um pouco mais pesado. Quando comecei a falar sobre Tropicália lixo lógico, que é um disco muito exato, eu precisava de atenção. E como já fui jornalista, sabia que muitos não teriam o tempo que eu precisava para explicá-lo.

Você foi jornalista por muito tempo?
Durante uns oito meses, mas fui um fracasso na redação. Foi em 1959. Eu era foca (jornalista iniciante) e cobria o serviço de obras públicas de Salvador. Vez ou outra, pegava outras pautas. Lembrei até de uma história boa dessa época. Era véspera do dia de Ação de Graças, meu editor me mandou entrevistar o arcebispo de Salvador. No meio da conversa, ele falou que ‘embora não tivesse o que agradecer, ia comemorar a data’. Pus isso na matéria. No outro dia, não saiu. Fui trabalhar chateado, todo murcho. Quando os outros repórteres me viram, fizeram uma festa, me abraçaram, gritavam ‘filho da puta, você é foda… puta que pariu!’. Como eu era comunista, a turma achou que eu tinha inventado a fala do padre para desmoralizar a igreja. O pessoal adorou, menos o dono do jornal, que era direitista… (silêncio). Você vai escrever isso no jornal?

Tem algum problema?
Não, não, pode colocar.

E a carreira nos palcos, começou depois do episódio?
Um pouco depois. Pensei ‘vou largar essa porra que não tenho jeito para isso’. Mas eu era muito inibido. Foi um drama. Comecei a estudar um homem da mala que vendia remédio na feira. Me acostumei com a forma que ele transformava a praça em palco e plateia. Tomava nota de tudo que ele fazia. Terminei me dando conta que o moço só tinha dois esquetes e uma capacidade de improviso crucial. Hoje eu sou o homem da mala vendendo remédio nos palcos.

Mas você trabalha com “ganchos”, como um jornalista. Foi assim com a música lançada em apoio as manifestações de junho no país e o álbum (Tribunal do Feicebuqui), após a polêmica que se criou com a sua participação no comercial da Coca-Cola.
Sou um jornalista cantando, é verdade. Sempre existe um gancho. Veja bem, o Tropicalismo, por exemplo, aconteceu por causa da educação moçárabe, que, não sei por que, passou em branco na minha escola. Essa é a minha teoria. A minha universidade foi o balcão da loja de tecidos do meu pai. Toda hora tinha comunista conversando e isso ficou no lixo lógico. Meu cérebro nunca jogou fora. É assim com tudo ao meu redor.

Há pouco tempo, você chamou Michel Teló de gênio por causa do hit Ai se eu te pego. Gosta da música?
Gosto da expressão. É um coisa que todo mundo já teve vontade de falar ao se interessar por outra pessoa, mas não existiam as palavras. 'Ai, se eu te pego!' fantástico, não? Eu não tive capacidade de fazer nada parecido.

Neusa, sua esposa, é também sua empresária. O trabalho traz problemas para o casamento?
Empresário fora é uma fortuna. E ainda têm aqueles casos de roubo. Se for para ser roubado, é melhor que seja por alguém de casa (risos).

Polêmicas
·         >>Tom Zé causou a ira de fãs e internautas ao narrar um comercial da Coca-Cola sobre a Copa do Mundo no Brasil. “Nem achei que alguém ia reconhecer a minha voz. Eu, que sempre trabalhei para uma espécie de patrão que eu não conhecia pessoalmente, agora posso dizer que conheço”, revelou à época.
·         >>Durante o show em maio, no Rio, o cantor escapou de levar uma “copada”, quando um fã lançou o objeto no palco. Ele retrucou, ao microfone. “Eu tenho 76 anos. Eu tenho 76 anos. Sou um homem de respeito. Toda a vida, eu respeitei vocês”.
·         >>Em entrevista à revista O grito, o baiano elogiou Michel Teló: “Trocaria tudo o que eu fiz por Ai seu eu te pego. Ele firmou que música cantada pelo sertanejo “é coisa de gênio”.

Camila Souza
(Viver) Jornal do Commercio

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