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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Músico pernambucano fabrica sucessos de Araketu, Jorge e Mateus e Calypso

 Guitarrista, cantor, produtor musical fala do processo de produção e conta como surgiram algumas músicas
Chrystian Lima é sobrinho de Michael Sulivan, um dos maiores compositores do país (Bernardo Dantas/DP/D.A Press)
Chrystian Lima é sobrinho de Michael Sulivan, um dos maiores compositores do país

Michael Sullivan é tio de Chrystian Lima. Além do parentesco, o que une os pernambucanos aqui é um outro detalhe. Os dois são compositores. De sucessos. Sullivan é uma das maiores referências no cenário nacional. Carrega nas costas a marca de mais de 1,4 mil músicas. Escreveu para Tim Maia, compôs para Xuxa. O sobrinho, Chrystian, é mais modesto. Bateu as 540 faixas há pouco. Engatinha frente à experiência daquele que tem como ídolo. Mas surpreende.

É guitarrista, cantor, produtor musical e uma fábrica de hits. O leitor, certamente, não o reconheceria nas ruas. Ele prefere assim. Preteriu a fama em nome da privacidade. Em um dado momento, até ensaiou se lançar no mercado, mas recuou. Escolheu a tranquilidade do estúdio, onde produz sucesso para os outros. Em larga escala. É de 1996 a sua primeira gravação. A banda Feijão com Arroz tomou emprestada Em algum lugar. Em seguida, veio aquela que seria a obra de destaque, Cobertor. A faixa passou pela banda de forró recifense Aveloz antes de chegar aos microfones da Calcinha Preta. Com o Araketu, estourou.

A história da letra é curiosa. Chrystian tinha uma namorada, com a qual se desentendeu prestes a fazer uma viagem a trabalho. Quando retornou ao Recife, ela tinha partido, sem dar explicações. Depois, ligou e pediu para voltar. Ele respondeu cantando: “Que pena o meu coração não é mais meu/ mesmo que fosse, nunca mais seria seu/ você se foi nem quis saber se estava frio/ eu achei cobertor/ que me deu tanto amor/ e que nunca deixa o frio tomar conta de mim”. Daí em diante, emendou várias letras. No sertanejo, colocou Leilão na boca de César Menotti e Fabiano e Pirraça nas vozes de Jorge e Mateus. Mas foi no forró onde encontrou conforto. É produtor da Calcinha Preta, para quem dedicou Mágica.
Sonhou com Luz, câmera e ação, música fácil no repertório da Limão com Mel. “Acordei, lembrei e gravei. Veio inteirinha”, conta o compositor. Nesse meio tempo, foi arrematado pelo brega. Uma das participações do DVD milionário da Kitara, gravado no Chevrolet Hall, o pernambucano recebeu do vocalista Rodrigo Mell o título de “um dos maiores compositores do país”. É do produtor musical boa parte dos hits do grupo. Escreveu Você me ama, Não disfarce e o maior hit da banda, A casa caiu. A última é para um amigo que mantinha duas namoradas e acabou descoberto.

Sullivan, nome artístico de Ivanilton de Souza Lima, fez um caminho diferente. Por aqui, ficou só até se tornar cantor. Saiu do Recife para o Rio de Janeiro ainda aos 17 anos. Antes, compôs My life, música que vendeu mais de um milhão de cópias de um compacto. “Foi quando me descobri compositor”, lembra. Tim Maia foi um dos tutores do músico. Ensinou o rapaz a tocar violão e apresentou-lhe a música black. Sullivan retribuiu (na parceria com Paulo Massadas) com Me dê motivo, Leva e Um dia de domingo. Em 1984, dedicou a primeira das crias ao público infantil, É de chocolate (Trem da Alegria). As encomendas não pararam. Roberto Carlos, Roupa Nova, Sandra de Sá, Alcione, Babado Novo, Angélica, KLB. Todos cantaram as letras do compositor.
“Os caminhos para me pedir uma música são vários. Ou o próprio artista me liga, às vezes o empresário ou a editora”, explica. “Naturalmente, pego o violão e a música vem.” Talismã, gravada por Leandro e Leonardo, foi fruto de um pedido de um radialista. A canção, um dos clássicos da música sertaneja, foi produzida entre às 5h e 6h. Com Deslize, sucesso na voz de Fagner, foi ainda mais fácil. O pernambucano já acordou cantando. A facilicidade para escrever é um dom de família. Chystian presenteou o amigo Chimbinha, da Calypso, com Como uma virgem.  Para Aviões do Forró, mandou Agora é com você. Neste momento, deve estar compondo outra. Talvez para o mercado gospel, onde quer investir. “Eu não paro. Acordado, dormindo, pode surgir algo a qualquer momento”, avisa. No menor insight, os parceiros se resumem ao celular e o inseparável violão.

Camila Souza
DP

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