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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Poesia: Glosas de João Paraibano, Manoel Xudú e Wellington Vicente




Brilha o sol iluminando
Tudo quanto a terra cria.
Desponta o sol no nascente
O camponês vai pra roça,
A porca velha se coça
Nos tijolos do batente,
Corta mato com o dente,
Faz uma cama e dá cria,
Sem precisar cirurgia,
Nem parteira tocaiando,
Brilha o sol iluminando
Tudo quanto a terra cria.
                       ( João paraibano)

Quem nunca fez madrugada
Não sabe o segredo dela.
Depois de ter descambado
De meia-noite em diante
Um morcego é um gigante
Para quem anda assombrado
E vê-se um bêbado escorado
No mourão duma cancela
Botando baba amarela
Pela boca escancarada.
Quem nunca fez madrugada
Não sabe o segredo dela.
                      (Manoel Xudú)


 Isto é sertão ou não é?

A patativa golada
Numa fruta de facheiro
O cuidado do vaqueiro
Com a novilha amojada
Um bom samba de latada
Que hoje é arrasta-pé
Promessa pra São José
Nas mais diversas novenas
Imaginando estas cenas
Isto é sertão ou não é?


O gorjear dum canário
Na copa da aroeira
A fé duma rezadeira
Pelas contas do rosário
Um poeta solitário,
Uma viola, um café,
Fumaça na chaminé
Denunciando a morada
Onde é feita uma buchada
Isto é sertão ou não é?

Um sanfoneiro ensaiando
Debaixo da baraúna
Um disparo de reiúna
No pé da serra ecoando
A morena costurando
No alpendre do chalé
Um bebum pedindo um “mé”
Escorado no balcão
Pra quem conhece o sertão…
Isto é sertão ou não é?

Wellington Vicente

Motes e glosas "Pedro Fernando Malta"

JBF

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