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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Música » Ellen Oléria, revelada no The Voice Brasil, lança CD com distribuição nacional

Vencedora do programa The voice Brasil, da Rede Globo, resume sua carreira musical em novo disco, que chega agora a todo o país pela Universal (Universal/Divulgação  )
Foto: Diego Bresani/Divulgação
















A cantora Ellen Oléria, vencedora do programa The voice Brasil, da Rede Globo, mesmo cercada em casa por músicos, demorou para considerar o ofício como uma profissão. O pai era sanfoneiro, os irmãos instrumentistas e ela, desde os 17 anos, líder da banda N Razões, na periferia de Brasília, sua terra natal. Como alguns espaços começaram a exigir a carteira da Ordem dos Músicos para ela continuar se apresentando, resolveu tirar o documento. Daí para a frente investiu em carreira independente, lançou três discos com tiragens tímidas e um DVD, até que se tornou conhecida nacionalmente depois da participação no programa de televisão. O disco Ellen Oléria, que chega agora a todo país, distribuído pela Universal, é um resumo desta trajetória.

Estão lá as influências dos irmãos, Eliene, que gostava de Jorge Benjor, e Dadá, que não perdia a oportunidade de tocar Zé Ramalho. Do pai, ela herdou o batuque e, dela mesma, veio a admiração pela interpretação marcante de Elis Regina, além da marcação afro na maneira de cantar. Tudo isso deu o tom ao disco, com produção caprichada, bem à altura das grandes divas da MPB. Tem mais influências nesse caldeirão de sonoridades. Ellen vem de um lugar que considera peculiar. 

“A bandeira do Distrito Federal tem setas apontando para várias direções. Não venho de uma cidade, de um estado. É como se morássemos num não lugar. Por outro lado, somos formados por povos de várias partes do país e até do mundo, no caso das pessoas que vieram para as embaixadas. Temos uma integração nacional e internacional grande e, por outro lado, não temos um sotaque, uma tradição, um prato típico.” Segundo ela, sua música dialoga com esse cenário múltiplo e instigante.

O CD atual é retrato da diversidade de onde veio. Começa com a regravação de Anunciação, de Alceu Valença; segue por Não lugar, composição dela que propõe uma síntese da sensação de não pertencimento a local algum; e continua com parcerias, como Maria Maria Aqui é o país do futebol, ambas de Milton Nascimento e Fernando Brant, interpretadas com participação especial de Carlinhos Brown. Ainda no segmento de releituras, ela se apropria de Nuvem passageira, de Hermes Aquino, e de Zumbi e Taj Mahal, as duas de Jorge Benjor. O disco fica mais interessante quando revela o lado autoral, caso da ótima Testando, em que parece colocar para fora a situação vivida por ser negra e perceber no dia a dia o preconceito velado. 

“Andando na rua, de noite, muita gente branca já fugiu de mim, a minha ameaça não carrega bala, mas incomoda meu vizinho/ O imaginário dessa gente dita brasileira é torto/ Grita pela minha pele qual será o meu fim/ Eu não compactuo com esse jogo sujo/ Grito mais alto ainda e denuncio esse mundo imundo.”

O momento atual é de celebração para Ellen Oléria. Aos 30 anos, depois de insistir tanto por espaço no competitivo mercado das intérpretes, a hora parece ter chegado. “Sonhei, invoquei, convoquei, desejei, mas não sabemos o dia em que a chance chegará, ou se chegará. Desejei demais chegar a um número maior de pessoas com meu trabalho. Não tem nada a ver com a fama propriamente dita e, por isso, entrei na disputa do The voice.” Deu certo. Ela não se incomoda de, mesmo com tanta estrada profissional, parecer aos olhos dos outros que começou depois do programa de televisão. Pelo contrário. “Estou tendo uma oportunidade a que tantos aspiram o tempo todo. Minha meta é realizar um projeto artístico sustentável.” Hoje, Ellen mantém estrutura de 18 pessoas nos bastidores vivendo direta e indiretamente do seu canto. “Sempre acreditamos no potencial de movimentação da economia da música”, conta ela, deixando escapar o lado produtora, que, durante anos, exerceu sem ajuda de ninguém.

NA ESTRADA DA MÚSICA
Ellen Oléria nasceu em Brasília, no Distrito Federal, em 1982, e foi criada em Chaparral, região da cidade satélite de Taguatinga. Começou artisticamente como musicista e, pouco a pouco, soltou a voz em coros de igrejas, influenciada pelos pais. Aos 16 anos, começou a carreira e um ano depois virou profissional. Ela também é atriz, formada em 2007 pela Universidade de Brasília (UnB).

A voz marcante e a mistura de sonoridades – bossa nova, funk, hip-hop, MPB, samba e soul –, a poesia das letras e as melodias próprias logo chamaram a atenção do público independente. Artistas de renome como Lenine, Paulinho Moska, Chico César, Ney Matogrosso, Margareth Menezes, Milton Nascimento e Sandra de Sá  foram convidando Ellen para participações especiais em shows.


Confira teaser de Aqui é o país do futebol part. Carlinhos Brown:



Sérgio Rodrigo Reis - Estado de Minas

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