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Borba em cena do filme O Homem da Mata e com o Boi Pintado. Fotos: Thomas Baccaro/ Antônio Carrilho/ Divulgação |
A apresentação, que ocorre às 20h na festa de São Pedro da praia de Porto de Galinhas (Ipojuca), marca o início de um projeto que deve revelar o trabalho de Borba como cantor e compositor. Suas músicas são de uma riqueza inestimável e transmitem todo um universo cultural da Zona da Mata, associada a tradições indígenas e agrícolas.
O próprio Borba não sabe quantas músicas já compôs. "São tantas que dá pra passar uma noite inteira cantando sem parar", calcula o artista. Toda a sua obra está guardada em sua cabeça, até porque ele não sabe ler ou escrever. Seu primeiro disco já começou a ser produzido, mas depende de aprovação em leis de incentivo à cultura para ser concluído.
A primeira grande reviravolta na carreira de Zé Borba ocorreu em 2004 com o lançamento do filme O homem da mata, do cineasta Antônio Carrilho. O curta-metragem, premiado em diversos festivais, retrata o cotidiano do mestre e revela a riqueza de sua obra. Além de mostrar sua produção musical, o documentário também encena as histórias que ele cria e o revela como ator e roteirista de cinema.
"Mestre Borba tem um estilo próprio de forró pé-de-serra, com fortes elementos da Zona da Mata e influência de manifestações como o cavalo-marinho", descreve o músico Sidclei Marcelino, produtor artístico do projeto. Algumas músicas podem ser ouvidas a internet, em gravações informais, no site Sound Cloud (soundcloud.com/zeborba).
Zé Borba já foi cortador de cana, mas hoje em dia consegue viver apenas com seu trabalho artístico. "Foi isso o que eu sempre quis. Eu já estava cansado", confessa o mestre. Ele mora em um sítio no município de Condado, onde quer viver para sempre: "Não tenho vontade de morar no Recife. No interior, a gente tem mais empolgação para fazer música. A cidade grande é muito agitada, muito agressiva.
Assista ao curta O Homem da Mata:
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