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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 7 de março de 2013

POESIA: Jansen Filho, um gênio literário

 Nasceu no dia 1º de maio de 1925, na cidade de Monteiro, Estado da Paraíba e faleceu em São Paulo, no dia 18 de julho de 1994 ; filho de Miguel Jansen de Paiva Pinto e D. Maria Virgem de Paiva Pinto. Iniciou o curso primário em Monteiro, no Grupo Escolar Miguel Santa Cruz, concluindo no Colégio Olegário Barros, em Taubaté, São Paulo, cursando, também, aí, no secundário, formando-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito das Faculdades Metropolitanas Unidas de São Paulo. Em 1980, recebeu diploma da Escola Superior de Guerra, integrando a turma Ruy Barbosa, da qual foi o orador . A partir de 1943, Jansen Filho exerceu vários cargos públicos, entre os quais, destacamos: Encarregado da Estação de Meteorologia, da cidade de Monteiro; Fiscal da Comissão de Abastecimento da Cidade de Campina Grande; Diretor da Divisão da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo do Estado de São Paulo; Adido ao Gabinete do Superintendente Regional do IAPAS para o Estado de São Paulo. Em Minas Gerais, foi produtor da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte.

Jansen Filho começou a fazer versos, ainda criança, em Monteiro, influenciado pela presença dos violeiros e repentistas que frequentavam as feiras livres do interior. Deixando o sertão, estabeleceu-se no Rio de Janeiro e, lá, qual um trovador medieval, era convidado a declamar as suas poesias nas mais nobres residências da Cidade Maravilhosa, sendo aplaudido e admirado por todos. Recebeu o título de Cidadão Honorário da Cidade de São José dos Campos; Membro Benemérito da Academia de Letras da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, de São Paulo; Troféu da Academia Paraibana de Poesia, de João Pessoa; homenageado com a criação do Grêmio Literário Jansen Filho, do Lyceu Paraibano; Membro da Academia Joseense de Letras de São José dos Campos, entre outros títulos e honrarias. Escreveu e publicou: Auroras e crepúsculos, 1948; A coruja do meu bairro, 1949; Céus da minha aldeia; Canções de Marizete, 1951, Negros que os meus olhos não viram, 1953; Procissão de sombras, 1956; Poesias escolhidas, 1957; Folhas que o tempo levou, 1959; Poemas de Jansen Filho, 1960; Guitarra partida, 1961; Poemas a meu pai, 1962; Rua sem nome, 1963; Mulheres perdidas s/d; Obras completas; Pétalas caídas, 1965; Um sonho em cada canteiro, 1976; Monteiro da minha infância, 1976; Alvorada brasileira, 1976; Caravana de estrelas, 1978; Mistura de vozes, 1979; Pedaços de mim mesmo, 1981; Quando a saudade se transforma em lágrima e Uma vida vivida em poesia, 1989; Vultos da Academia, 1993.
Ouça o Vídeo: Recital de Jansen
Faz uma homenagem ao Poeta Pinto de Monteiro após a sua morte

SONETO:
MADRUGADA EM MEU JARDIM 
(Jansen Filho)

Um divino clarão vem do nascente
E sobre o meu jardim calmo resvala!
Na graça deste quadro reluzente, 
A aragem fria os meus rosais embala!

Tudo desperta misteriosamente!
E a luz cresce e se expande em doce escala,
Avivando o Iençol resplandescente
Da brancura dos lírios cor de opala! 

E o sol, doirando as franjas do horizonte,
Celebra a missa do romper da aurora
Na doce Eucaristia do levante! 

Da passarada escuta-se o clarim !
E a madrugada estende-se sonora,
Na aleluia de luz do meu jardim ! 


Arquivo da Academia Paraibana de Letras.
 Vitrine do Cariri

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