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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 12 de maio de 2020

Poesia: "O Processo", um poema de Lucas Rafael



O PROCESSO

Vê-se pouco falar muito
Este ser cálido e altivo.
Um transloucado mundano,
Caminhando pensativo.
Através dos seus rabiscos,
Seu bem-estar corre riscos
Com angústias desleais.
São dores de toda a gente
Num coração consciente
Que nunca mais teve paz.

Escreve à mão seus poemas,
Como um trovador escreve.
Sente o cansaço das curvas
Na sua estrada inda breve.
As suas palavras fortes
Dão-lhes sustentos e nortes
De modo muito fecundo.
Os seus ombros indefesos
Parecem conter os pesos
Existenciais do Mundo.

Seu aspecto cauteloso
Vai sossegando as semanas.
Carrega um silêncio meigo
Em suas forças humanas.
Por isso mesmo parece
Que dentro de si floresce
A força d’uma cascata.
Seu olhar bastante sério
Tem um pouco do mistério
Do bucolismo da mata.

Transpõe, em suas escritas,
Angústias, sortes e planos.
As sentenças mais utópicas
Dos sentimentos humanos.
Através das muitas formas
Expõe seu desejo às normas
Não convencionais do novo.
Por mais que soe abstrato,
Não abandona o contato
Que deve ter com o povo.

Porque o povo é seu norte,
Seu propósito de conduta.
Nenhum artista é tão forte
No campo amargo da luta.
Mas ele muito bem sabe
O quanto a força lhe cabe
Nos vendavais, dia-a-dia.
Sabe, junto a seus iguais,
Que sem razões sociais
Nem pode haver poesia.

No papel cumpre o ofício
De desenvolver seus dons.
O seu caminho é difícil,
Mas seus amigos são bons.
Recebe mãos que lhe amam,
E que de fato lhe chamam
Para andar noutro caminho.
Ele sente esse lampejo,
Porém se curva ao desejo
De ver o Mundo sozinho.

Após publicar seus versos,
Os leitores reconhecem
As histórias semelhantes,
Que logo lhes favorecem.
Ele assim, meio distante,
Como um eterno estudante,
Através da consciência
Vai reconduzindo a vida...
Pondo os dedos na ferida
Da sua própria existência.

Todo amadurecimento
Que não se torna vulgar
Surge em um confinamento
Pra depois ser popular.
Por isso, os poemas novos,
Antes de se darem aos povos,
Têm sua fórmula secreta
(De fracasso ou de sucesso)
No solitário Processo
Das emoções do Poeta.

Lucas Rafael. 

CANTIGAS E CANTOS

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