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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 29 de março de 2020

Poesia: "Presença Divina", um poema de Antônio Nunes


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Foto: Arquivo/antônio Nunes

PRESENÇA DIVINA

Sinto a presença de Deus
Quando o sol muda de cor
Na aurora quando nasce
E toda tarde ao se pôr
E no segredo envolvente
Do voo de um beija flor

No alívio de uma dor
Num ferimento da gente
Reduzindo o sofrimento
De uma pessoa doente
E de uma flor que eclode
Pra nascer uma semente

Na luz do sol no nascente
Numa manhã logo cedo
No bicho que usa a defesa
Quando da cobra tem medo
E no favo do mel de abelha
E onde ela guarda o segredo?

Quem foi que fez o enredo?
Do canto do Uirapuru
No reservatório d'água
Da raiz do pé de umbu
E porque tanta poesia
Nas margens do Pajeú

Nas penas do sanhaçu
Que na sombra muda a cor
E no ventre de toda mãe
Que pra parir sente a dor
E no leito onde surge a vida
No nascimento do amor

No galho que brota a flor
Que assim que nasceu cheirou
E a planta que gerou ela
Não sei quem foi que plantou
E o perfume que ela exala
Ninguém sabe quem botou

No chão que a chuva molhou
E escorregou na Ribeira
Que desce na correnteza
No declive da ladeira
Penetrando pelas brechas
Das pedras da Cachoeira.

No ninho do fura barreira
Na barranco do riacho
No cacho de uma fruteira
Muitas delas num só cacho
E no exame do filhote
Pra ver se é fêmea ou macho

No mel fervendo no tacho
Na fumaça da fervura
Na moenda do engenho
No caldo de cana pura
Na puxada de Alfenim
E no sabor da rapadura

Sinto a presença de Deus
Na casa que eu nasci nela
Meu pai chegando a cavalo
Desapeando da sela
Mãe abraçando ele, e eu
Com saudade dele e dela.

Autor: Antônio Nunes 

CANTIGAS E CANTOS

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