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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 3 de março de 2020

Chico César e Geraldo Azevedo convergem duas gerações nordestinas em show inédito


 Turnê 'Violivoz' percorre o Norte e o Nordeste do Brasil em maio e, no segundo semestre, abarca outras regiões do país com espetáculo que expõe afinidades e distinções entre as obras dos artistas.

Chico César e Geraldo Azevedo convergem duas gerações nordestinas em show inédito  ANÁLISE – O encontro de Chico César e Geraldo Azevedo em show inédito, Violivoz, é surpreendente. Espetáculos gregários tendem a reunir artistas da mesma geração – caso, por exemplo, de Um par ímpar, espetáculo também ainda inédito que juntará Moska e Zélia Duncan no palco a partir de abril.

O encontro de Chico e Geraldo em Violivoz – show programado para percorrer em maio o Norte e o Nordeste do Brasil em turnê que, no segundo semestre, abarca outras regiões do país – vai na contramão ao promover a convergência de artistas nordestinos de diferentes gerações.

Aos 75 anos, completados em 11 de janeiro, o pernambucano Geraldo Azevedo – nascido em Petrolina (PE) em 1945 – está em cena desde a década de 1960, como integrante do grupo Raiz, e faz parte da caravana que migrou do Nordeste para o eixo Rio-São Paulo, ao longo dos anos 1970, em busca de maiores oportunidades e de mais visibilidade no universo pop nacional.

Aos 56 anos, festejados em 26 de janeiro, o paraibano Chico César – nascido na interiorana cidade de Catolé do Rocha (PB) em 1964 – pavimenta a própria estrada desde os anos 1980, tendo integrado grupos como Jaguaribe Carne. Mas ganhou projeção somente em 1995 com a edição do primeiro álbum, Aos vivos, registro de show de voz & violão.

Ambos construíram obras alicerçadas nos pilares da música nordestina fincados por pioneiros como Luiz Gonzaga (1912 – 1989) e Jackson do Pandeiro (1919 – 1982). Mas ambos também se diferenciaram no universo pop por terem expandido os respectivos cancioneiros com outros ritmos e com assinaturas bem pessoais.

Geraldo Azevedo e Chico César começam a turnê do show 'Violivoz' por Nata (RN) em 8 de maio — Foto: Marcos Hermes / Divulgação
Geraldo Azevedo e Chico César começam a turnê do show 'Violivoz' por Nata (RN) em 8 de maio — Foto: Marcos Hermes / Divulgação

 Com obra geralmente pautada por tempos de delicadeza, Geraldo incorporou ao cancioneiro influências de bossa nova e da latinidade entranhada nos sons e ritmos do países de língua hispânica. Mas também sempre acertou o passo efervescente do frevo.

Mais arretado, Chico acrescentou a batida do rock e o balanço do reggae a repertório autoral que evoca a prosódia dos cantadores sertanejos e que expõe afinidades com a obra de Geraldo nas canções românticas que seduzem cantoras como Elba Ramalho (parceira de Geraldo no projeto O grande encontro e também em show feito em dupla com o amigo) e Maria Bethânia.

Por terem construídos obras com tantas diferenças e tantas semelhanças, Chico César e Geraldo Azevedo têm tudo para se afinarem no palco em encontro, cabe ressaltar, surpreendente. Seria mais óbvio Chico se juntar com o contemporâneo Lenine. Ou Geraldo reunir forças e vozes com Alceu Valença, com quem gravou o primeiro álbum em 1972.
O charme do show Violivoz vem justamente da promoção do encontro de dois artistas que, embora dominem o idioma musical da nação nordestina, são de gerações diferentes e carregam influências distintas nas respectivas obras. É desde já, em tese, um grande encontro!

Por Mauro Ferreira
Jornalista carioca que escreve sobre música desde 1987, com passagens em 'O Globo' e 'Bizz'. Faz um guia para todas as tribos

G1 – Pop & Arte

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