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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Cordelista e xilógrafo Mestre Dila morre aos 82 anos em Caruaru

José Soares da Silva, mais conhecido como Mestre Dila, era patrimônio vivo de Pernambuco e um dos maiores nomes da xilogravura no estado. O artista morreu vítima de pneumonia.

Mestre Dila — Foto: Divulgação/ Ricardo Moura
Mestre Dila — Foto: Divulgação/ Ricardo Moura

Morreu na noite da quarta-feira (11) o cordelista e xilógrafo José Soares da Silva, mais conhecido como Mestre Dila, em Caruaru, no Agreste. O artista de 82 anos era patrimônio vivo de Pernambuco e um dos maiores nomes da xilogravura no estado.

Mestre Dila estava internado há uma semana no Hospital Mestre Vitalino. A causa da morte do xilógrafo foi uma pneumonia. O artista viveu e trabalhou por muitos anos na Capital do Agreste e exerceu outras profissões como agricultor, gráfico e tipógrafo.

Dos 82 anos de vida, em 50 deles Mestre Dila se dedicou à xilogravura. Ele é um dos homenageados do desfile do Galo da Madrugada, no Recife, durante o Carnaval 2020. O artista deixa cinco filhos e 11 netos. O velório do Mestre será realizado no Cemitério Dom Bosco, em Caruaru, e o enterro está marcado para 16h.

Corpo de Mestre Dila é velado no Cemitério Dom Bosco, em Caruaru — Foto: Anderson Melo/TV Asa Branca
Corpo de Mestre Dila é velado no Cemitério Dom Bosco, em Caruaru — Foto: Anderson Melo/TV Asa Branca

Morreu na noite da quarta-feira (11) o cordelista e xilógrafo José Soares da Silva, mais conhecido como Mestre Dila, em Caruaru, no Agreste. O artista de 82 anos era patrimônio vivo de Pernambuco e um dos maiores nomes da xilogravura no estado.

Mestre Dila estava internado há uma semana no Hospital Mestre Vitalino. A causa da morte do xilógrafo foi uma pneumonia. O artista viveu e trabalhou por muitos anos na Capital do Agreste e exerceu outras profissões como agricultor, gráfico e tipógrafo.

Dos 82 anos de vida, em 50 deles Mestre Dila se dedicou à xilogravura. Ele é um dos homenageados do desfile do Galo da Madrugada, no Recife, durante o Carnaval 2020. O artista deixa cinco filhos e 11 netos. O velório do Mestre será realizado no Cemitério Dom Bosco, em Caruaru, e o enterro está marcado para 16h.

Por meio de nota, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, lamentou a morte de Mestre Dila e contou que recebeu a notícia com "bastante tristeza" e agradeceu pelos mais de 50 anos dedicados à cultura caruaruense. "Somos gratos pela sua contribuição. Minha solidariedade a todos os amigos e familiares por esta grande perda", disse.
A Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC) exaltou a figura do Mestre Dila, ressaltando que ele "foi um dos maiores xilogravuristas pernambucanos, deixando um legado inesquecível para a Cultura Popular Nordestina".

Sobre Mestre Dila

 

Agricultor, gráfico e tipógrafo foram as profissões exercidas por José Soares da Silva em Caruaru antes de se tornar o cordelista e xilógrafo Mestre Dila. Ele trabalhou com cordel e xilogravura durante 50 anos. Há nove, sofreu um acidente vascular cerebral.
Dila passou a ter dificuldades em realizar algumas atividades sozinho depois do AVC. Para ele, andar e falar tornaram-se ações difíceis de realizar. Mas, entre poucas palavras que conseguia pronunciar, ele revelou em entrevista ao G1: "Me orgulho de ter feito mais de 200 cordéis".
Na década de 50, Dila tinha uma gráfica na própria casa. No local, ele produzia os próprios cordéis e xilogravuras. "Na época em que meu pai trabalhava ativamente com cordéis, o cordel era o jornal 'da matutada'. Era por meio dele que as pessoas ficavam sabendo dos acontecimentos diários", lembra Valdez Soares. "Hoje temos a televisão e a internet como meio de comunicação, mas o cordel tem papel fundamental na nossa história e cultura", disse o representante comercial Valdez Soares, filho de Mestre Dila.

'O sonho de um romeiro com o padre Cícero Romão', de Mestre Dila — Foto: Joalline Nascimento/ G1
O sonho de um romeiro com o padre Cícero Romão', de Mestre Dila — Foto: Joalline Nascimento/ G1

A obra mais vendida de Dila foi "O Sonho de um romeiro com o padre Cícero Romão", de acordo com o filho do artista. "Este cordel conta a história de um romeiro que estava viajando para o Juazeiro [do Norte] e adormeceu à sombra de uma árvore. No local, ele acabou sonhando com o padre Cícero profetizando os anos vindouros. A história foi toda do imaginário do meu pai", explicou Valdez.
Foi em Caruaru que Dila constituiu família. Morou no município por mais de 60 anos e foi casado por mais de 50 com Valdecila Soares, que morreu há três anos. O casal teve seis filhos, mas nenhum herdou o talento do pai. "Desenvolver esta arte foi um dom dele. O engraçado é que nenhum dos filhos herdou o talento da xilogravura. No cordel, sou o único que ainda tenta fazer alguma coisa. Mas nunca como ele", afirmou Valdez.

Patrimônio Vivo

 

Mestre Dila ganhou o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco em 2002. O filho dele, Valdez Soares, contou que o pai não gostava muito do título, nem de ser chamado de "mestre". "Ele sempre disse: 'Mestre, só Deus, meu filho'. Meu pai é um homem muito religioso", revelou. A Lei de Patrimônio Vivo reconhece o trabalho dos mestres, mestras e grupos do estado. A Lei prevê a concessão de bolsas vitalícias como incentivo pela realização e perpetuação das atividades artísticas.

Por G1 - CARUARU


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