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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 10 de novembro de 2019

Poesia: "Na paisagem divina do sertão, Vê-se um quadro, na tela, desenhado", um poema de Miguel Marcondes

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Foto: vateseviolas


Na paisagem divina do sertão,
Vê-se um quadro, na tela, desenhado.

O orvalho na relva prateando,
Vem o sol espalhando a claridade;
A manhã tem a cor da liberdade,
Outro dia começa renovando;
Marmeleiro enfolhado fulorando,
No inverno, se torna mais fechado
Dentro dele, um vaqueiro tange o gado,
Separando quem vai comer ração,
Na paisagem divina do sertão,
Vê-se um quadro, na tela, desenhado.

Um riacho lavando a ribanceira,
Deixou marcas até onde alcançou
A enchente que se avolumou
Com a chuva que deu a noite inteira,
De manhã, quem olhasse a cachoeira
Via a força do inverno pegado,
Que um relâmpago que deu, foi tão rasgado
Que entalou a garganta do trovão
Na paisagem divina do sertão,
Vê-se um quadro, na tela, desenhado.

O inverno é bastante preferido;
Com a chuva, aumenta-se a fartura
E o fruto que vem d’agricultura,
É plantado e também será colhido,
O pepino amarelo escondido
Pela sombra, que faz o folheado;
Tem o milho seguro, bonecado
Entrançado nas ramas do feijão.
Na paisagem divina do sertão,
Vê-se um quadro, na tela, desenhado.

Miguel Marcondes

Poema retirado do Livro: “Antologia Poética – Retratos do sertão”, de Marcos Passos.

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