
Há dez anos o açude Jureminha
Transbordou no Sertão Pernambucano.
Após isso enfrentou o desengano
vendo a seca sugar o que ele tinha.
Até mesmo o carão que advinha
Com o tempo também ficou calado,
Mas com Deus o que é bom está guardado
E em dois mil e dezenove a passarada
Meia noite escutou foi a zuada
Do trovão e da chuva no telhado!
Este açude por "VELHO" é conhecido,
Só porque um mais novo construíram.
Foi no velho que o povo sacudiram
O seu manto risonho e colorido.
Vejo o "NOVO" também sendo atingido
pelo nível que foi acumulado.
O roceiro acordou todo animado
E um boêmio falou: - de madrugada
Lá no bar escutei foi a zuada
Do trovão e da chuva no telhado!
De manhã muita gente o "Velho açude"
visitou transbordando de alegria.
Viu o sol dar adeus pra mais um dia
E um velhinho dizer com plenitude:
- obrigado, Senhor pela saúde
E por ver quem está necessitado.
O vaqueiro aboiar, trancar o gado
E falar para a turma na calçada:
- Meia noite escutei foi a zuada
Do trovão e da chuva no telhado!
O Sertão está rico até demais!
Sangrou "BROTAS" - barragem de "Afogados
Da Ingazeira", alegrando os castigados
Pela seca voraz (os animais).
O cenário mudou e os vegetais
ganham trajes da loja do sagrado.
São José do Egito (Berço Amado)
Viu seu rio cantando uma toada
Meia noite na orquestra sanfonada
Do trovão e da chuva no telhado!
Andrade Lima
18/05/2019
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