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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Poesia: Ninguém Compra a Poesia



Os versos de um Manoel Xudú
O repinique hipnótico da viola
Se aprende na vida que é escola
Prova disso foi um Zezé Lulu
Um caboclo aqui do Pajeú
Que vivia fazendo cantoria
Sem ingresso, sem cachê e sem bacia
Imortalizou-se nos arquivos da peleja
Como pode caber numa bandeja
O valor impagável da poesia?

Como podem querer comprar o céu
E as estrelas que moram n’amplidão
Ninguém paga uns versos de Cancão
Nem as agruras da alma de um réu
Ninguém compra uma torre de chapéu
Que se forma no nascente todo dia
Qual o preço dos mistérios de Maria,
Quanto vale uma brisa benfazeja?
Como pode caber numa bandeja
O valor impagável da poesia?

Lourival que era o rei do trocadilho
O lirismo de um  Absoluto
Velho Pinto do Monteiro bem astuto
Numa rima jamais perdeu o trilho
Afogueava o repente dando brilho
Sem jamais ter usado hipocrisia
Suave como o vento em melodia
Ou raivoso como o sol quando dardeja
Como pode caber numa bandeja
O valor impagável da poesia?

Não existe moeda fabricada
Seja ela de prata ou de papel
Que ainda possa domar este tropel
De poemas quando partem em disparada
São reflexos de uma mente iluminada
Libertários correndo a revelia
Eu duvido que apareça qualquer dia
Quem tabele esta musa sertaneja
Como pode caber numa bandeja
O valor impagável da poesia?

O pagamento que acho mais perfeito
É o povo aplaudindo e delirando
A cabeça, de versos vai inchando
Megatons de poema explodem o peito
Se do meio do povo algum sujeito
Se levanta com dinheiro em gritaria
Para mim acabou-se aquele dia
acabou-se a fornalha da peleja
Como pode caber numa bandeja
O valor impagável da poesia?

Edinaldo Leite

FonteBalcão de Bodega

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