De aspecto amortecido
Onde nada tem colorido
Muito menos luzidio
A própria curva no rio
Se perde sem rumo certo
E um pálido céu deserto
Chega nos congela a alma
Uma inquietadora calma
Nos mostra um mundo incerto.
Nos machucando a ferida
Acho que a própria vida
Daqui ela foi embora
Eu acho que a aurora
Não vai mais aparecer
Jamais irá aquecer
Esse recanto profundo
Espalhando luz no mundo
Para que eu possa viver.
A não ser, só eu mesmo
Qual louco que canta a esmo
Em vãos espirituais
Em abismos abissais
Trilhando o desconhecido
Como fantasma perdido
Em noites de ventanias
Na forca das agonias
Sufocando meu gemido.
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