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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 24 de julho de 2018

Poesia: "Minha infância", um poema de Sebastião Dias



MINHA INFÂNCIA

Minha vida de inocente
Foi tocalhando rebanho
Escondendo atrás de moita
Menor do que meu tamanho 
Em parede de açude
Pra ver mulher tomar banho

No meu cavalo de vara
Eu fiz por divertimento
Brincar com meu corrupio
Carrapeta e cata-vento
Tomar preá de cachorro
E levar coice de jumento

Levantava a madrugada
E um jegue encangalhava
As brincadeiras de anel
Uma noite eu não faltava
E o banho de poço era a farra
Mais gostosa que eu achava

Papai achava esquisito
Quando numa roça eu ia
Cortava um jerimum verde
Na sombra passava o dia
Só desenhando boneco
De casca de melancia

Um limão na boca eu tinha
Pra dizer que era um lubim
Umas novilhas de cabra
Eu fiz tudo o quanto é ruim
Que até o pai de chiqueiro
Tinha ciúme de mim

Coloquei cinza em frieira
Botei fumo em panarício
Lambi fundo de papeiro
Raspei tacho de chorisco
Quem passa infância na roça
Tem que fazer tudo isso

Doenças pra se saber
Eu tive tudo em outrora
Quando passava a papeira
Batia uma catapora
Que ainda tem marcas dela
No meu corpo até agora

Sebastião Dias 

CANTIGAS E CANTOS

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