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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 24 de junho de 2018

Poesia: "No Terreiro da Fazenda", um poema de João Batista de Siqueira"Cancão"




NO TERREIRO DA FAZENDA

Grata zona sertaneja
Meiga, pura e benfazeja
Salva a brisa que te beija
Terra nossa, nossa prenda
Pejeú, os teus encantos
Sugerem poemas santos
Risos, emoções e prantos
No terreiro da fazenda.

Que belas filosofias
Douradas de fantasias
Um recita poesias
Já outro conta uma lenda
Tudo traz tranquilidade,
União, felicidade,
Amor e fraternidade
No terreiro da fazenda.

Quando a noite vai baixando
Vênus vai me apresentando
Parece que vem sonhando
Num leito de seda e renda
A lua conta uma história
Ao registrar sua glória
Tem que ficar por memória
No terreiro da fazenda.

Uma notícia recente
Dum pai, dum filho, um parente
Alguém que ficou ausente
Procurando uma encomenda
Uma jura de um passado
A carta de um namorado
Se tornam sonho dourado
No terreiro da fazenda

Quando o gado faz maromba
O novilho em frente zomba
Escavando o solo arromba
Cm uma fúria estupenda
Depois foge como um gato
Perde o vaqueiro no mato
Enquanto corre o boato
No terreiro da fazenda.

Longe, no mato, um estalo
Depois o canto de um galo
A carreira de um cavalo
Um atrito de moenda
O canto de um ancião
A queda de um barbatão
É tudo satisfação
No terreiro da fazenda.

O zumbido das  abelhas
As derradeiras centelhas
A pisada das ovelhas
Que voltam na mesma senda
A ave que canta e voa
Os gestos da tabaroa
Erguem mais uma coroa
No terreiro da fazenda.

Uma neblina ligeira
O cheiro da laranjeira
A prece de uma brejeira
Na janela da vivenda
Até mesmo a natureza
Olhando tanta beleza
Espalha sua grandeza
No terreiro da fazenda.

João Batista de Siqueira “Cancão”

Poema retirado do livro: “Palavras ao plenilúnio” de Lindoaldo Jr.

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