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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Poesia: "O Sono", um poema de José Soares



O genial cantador José Soares, de Caruaru, compôs o poema O Sono, considerado uma pérola de perfeição poética. Confiram:

O SONO

Macilento, secreto e pesaroso
Baixa o sono, sutil como um ladrão
Procurando acalmar o coração
Faz o corpo ficar silencioso
Em seu modo abstrato e cauteloso
Disfarçado com tanta sutileza
Nos envolve no manto da tristeza
Sem temer a perigos nem afrontas
Até quando voltar a prestar contas
Ao Juiz da Divina Natureza.

Submete-se ao sono toda a massa;
Permanece, em segredo, a alma lenta
A corrente tranquila e sonolenta
Transtornando seu laço, se disfarça;
Mas, enquanto em silêncio, tudo passa
Semimorto, se nota o movimento
No sentido do gozo sonolento
Sobre aquele poder tudo é cativo
Parecendo no sono um morto-vivo
Sem do mundo tomar conhecimento.

Essa estranha visão que bem parece
Fazer medo ao mais forte sem ter medo
Sendo o sono uma caixa de segredo
Invisível, no corpo, permanece
Sem vingança, sem ira, nos aquece
Transfigura até gestos desleais
Faz os gestos fingidos, virginais
Traz, em sonhos, diversos pensamentos
Pensarão que são novos sentimentos:
São descansos do sono, nada mais!

(José Soares)


Pajeú da Gente

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