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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Poesia: “Eu não tenho vergonha de contar Meu passado sofrido no sertão”, um mote glosado por Edmílson Ferreira



“Eu não tenho vergonha de contar
Meu passado sofrido no sertão”

Os costumes do chão que eu fui criado
Se apresentam por mais que eu represente
O passado entranhado no presente
E o presente envolvido no passado
Minha mão tem o cheiro do roçado
A saudade me invade o coração
Já puxei água funda em cacimbão
E catei muitas frutinhas pra chupar
Eu não tenho vergonha de contar
Meu passado sofrido no sertão

Eu vivia da roça pra cozinha
Conduzindo estilingue no pescoço
Repetia três vezes o almoço
Pra ganhar três pedaços de galinha
Condição favorável eu não sentia
Os vizinhos de perto também não
Pai vivia devendo a meu patrão
Mãe vivia lavando pra ganhar
Eu não tenho vergonha de contar
Meu passado sofrido no sertão

Sinto o peito alegando o que está ruim
E mais fracasso na vida do que mel
O presente pagando aluguel
Pro passado viver dentro de mim
Eu pensei que jamais ficasse assim
Com tristeza na imaginação
E se sofrer purifica algum cristão
Tenho toda razão de me salvar
Eu não tenho vergonha de contar
Meu passado sofrido no sertão

Relembrando os meus dias joviais
As lembranças parecem meteoros
A tristeza adentrando pelos poros
Como um vírus que entra e não sai mais
Fico muito lembrando dos meus pais
Meus avós, cada tio e cada irmão
Os menores sofrendo sem ter pão
Os maiores sofrer sem ter pra dar
Eu não tenho vergonha de contar
Meu passado sofrido no sertão

Edmílson Ferreira

Mote glosado no I Festival do Pajeú das Flores, em São José do Egito-PE.

CANTIGAS E CANTOS

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