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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Poesia: "Cavalgadas de Lembranças", um poema de Gilmar Leite



Cavalgadas de Lembranças

Num cavalo galopei sobre a serra
Um jaguar deu esturros estridentes,
A serpente feroz mostrou seus dentes
Os punhais afiados para a guerra.
A caatinga no peito ainda desterra
As lembranças das grutas tenebrosas,
Os espinhos das plantas venenosas,
As floradas dos pés dos bugaris,
As cantigas das lindas juritis,
Alegrando as auroras invernosas.

Cavalgando veloz pelas campinas
O meu corpo sentia a brisa leve
Eu ficava maneiro como a neve
Dando beijos com dúlcidas neblinas.
No cavalo eu pegava em suas crinas
Agarrado, sentindo a pulsação,
O meu corpo tornava-se sertão
Embrenhado na mata bem fechada
Vez enquanto sentindo uma florada
Penetrando no fundo coração.

As passadas dos cascos do cavalo
Desenhavam o fundo dos caminhos
O meu corpo fugia dos espinhos
Numa dança dos cactos num embalo.
Eu ficava tão fino como um talo
Sobre o dorso do meu lindo alazão,
De chapéu, de perneira e de gibão,
Eu rompia as chapadas mais distantes
Enfrentando rochedos bem cortantes
Sem temer os perigos do grotão.

Eu livrei-me dos troncos das juremas
Dos espinhos em formas de anzóis
E senti das campinas os lençóis
Dos tapetes das gramas em poemas.
Envolvido naqueles mil emblemas
O meu corpo brotou a flor sensível;
Hoje tenho a lembrança inesquecível
No jardim florescente da memória
Que renasce do peito minha história
Onde torno meu mundo mais visível

Gilmar Leite
Foto de perfil de Gilmar Leite


Blog Águas do Pajeú

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