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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 19 de março de 2017

Poesia: "Vejo o espelho cruel da minha sorte Refletindo a beleza do passado", um poema de Aluísio Lopes

Foto de Gilberto Lopes.

"Vejo o espelho cruel da minha sorte 
Refletindo a beleza do passado"


Bem pequena, muito amada por meus pais
Não sabia o que era sofrimento
Encantada no meu próprio encantamento
Muito longe, bem distante dos meus ais
Sem saber que futuros carrascais
Chegariam, num ocaso inesperado
Num impasse se faria inaugurado
Sem aviso sem mostrar o passaporte
Vejo o espelho cruel da minha sorte
Refletindo a beleza do passado

Feito jovem, pele linda, tez nevada
Como a pura porcelana, a eleita!
Sublimar, belo lírio que enfeita
Todo campo, branca mesa entoalhada
De repente, mais que de repente em nada
Tudo, tudo, isso vejo transformado
Todo traço de beleza, ocultado
Minhas linhas, minhas curvas, são deporte
Vejo o espelho cruel da minha sorte
Refletindo a beleza do passado

Meus cabelos que pendiam belamente
Ralearam, não mais chegam à cintura
Meus catorze anos, de alma pura
Do carnal pecado eu era ausente
Mas o dia D da dor se fez presente
Apossou-se, fez morada do meu lado
A alegria para sempre fez traslado
Lá bem longe foi morar, não sei seu norte
Vejo o espelho cruel da minha sorte
Refletindo a beleza do passado

Ao passar na vitrine, me espanto
Custo crer na figura projetada
Um espectro assustado sai do nada
Arrebata meu momento, desencanto
A tristeza se apodera, cai o pranto
Cubro o rosto pra não ver meu próprio estado
Lembro todos que roubaram meu primado
Olho em volta, a saída é só a morte
Vejo o espelho cruel da minha sorte
Refletindo a beleza do passado.


Aluísio Lopes (S. José do Egito)
Mote: Severina Branca

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