Poço da virtude
E eu no sono caia
De tudo que ela comia
Sempre me dava um pedaço
Me esfriava do mormaço
Em cada banho que dava
Depois de enxugar passava
O perfume da bondade
Se mãe soubesse a saudade
Que eu sinto dela, voltava.
Muito depressa eu dormia
E enquanto acordado ouvia
Ela uma canção cantando
Se eu acordasse chorando
A mamadeira me dava
E parece que adivinhava
Qual era minha vontade
Se mãe soubesse a saudade
Que eu sinto dela, voltava
Dela, sempre me ensinando
E da voz dela escutando
Ás lições do dia a dia
Quando de casa eu saía
E um pouco tarde chegava
Acordada ela esperava
Sem botar dificuldade
Se mãe soubesse a saudade
Que eu sinto dela, voltava.
Sempre protegendo a mim
Sem ela hoje é muito ruim
Perdi a magnitude
Era um poço de virtude
A todo mundo ajudava
E as orações que rezava
Eram preces de bondade
Se mãe soubesse a saudade
Que eu sinto dela, voltava
E partiu na terça-feira
Essa foi a vez primeira
Que tristeza ela me deu
Nunca em mim ela bateu
Se batesse eu nem lembrava
Que um beijo dela bastava
Pra o fim da enfermidade
Se mãe soubesse a saudade
Que eu sinto dela,voltava
No espaço passeando
Entre as outras caminhando
Iria reconhece-la
Toda noite eu ia vê-la
Pra ver se me olhando estava
E se lá de cima acenava
Dos Jardins da Divindade
Se mãe soubesse a saudade
Que eu sinto dela,voltava.
Mote : Gilberto Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário