Dizia Francisco, Santo,
Orando por todo canto
Só quem não quer não percebe
Que ele pregava o perdão,
A luz, a fé, a união,
A esperança, o amor,
Dizendo: o que tem valor
É dedicar-se ao irmão.
Que o santo imortalizou
A outros iluminou
Mas por aqui é maldita.
Não é má sorte ou desdita
A nossa interpretação,
É a cara da nação
Onde reina a vigarice,
Onde se diz que é tolice
Agir como um cidadão.
Do levar vantagem em tudo,
Tá mais perto do chifrudo
Do que do Padre bonzinho.
Basta ver o inferninho
Que se tornou o Congresso.
Lá tem cinismo em excesso
E falta de honestidade,
Pois o que tem “com vontade”
É quem responda a processo.
A essa gente indecente,
Mas praticar diferente
Também é obrigação.
Reclama sem ter razão
Quem não respeita o Direito,
Quem não acha que é defeito
Vender sua consciência,
Pois vai agir com indecência
Se um dia for o eleito.
Naquilo que faz ou diz,
Só fazendo o que condiz
Com o que pensa de fato.
A não ser que o candidato
Não possa lhe convencer,
E se isso acontecer
E outro não encontrar,
O que lhe resta é votar
Do jeito que eu vou fazer.
A urna, de peito aberto,
Pensando que um dia acerto
E paro de me enganar,
Pois o que eu quero é votar
Pro fim da corrupção,
Mas se não tenho opção
E já é certo o fracasso
Boto um nariz de palhaço
Pra escolher meu ladrão.
Facebook de Cármen Beatriz "Mizita"
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