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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Poesia: " O poder da Natureza", um poema de Andrade Lima



 Fotos: Bal Brito

Minha Mãe me ligou toda animada;
E falou-me: - Meu filho aqui choveu!
 De emoção o meu peito estremeceu,
Ao saber que tem terra já molhada.
Eu liguei pro guichê e reservada,
Já deixei a passagem na progresso.
Quero ir ao sertão e sem ingresso,
Assistir esse filme numa rede,
Vendo o chão saciando a sua sede...
E, eu matando a saudade em meu regresso!

O relâmpago no céu dá espetáculo,
E o trovão estremece numa serra.
Canta alegre o carão; o bode berra;
E uma flor mostra o seu receptáculo.
Nada o sapo e desvia o obstáculo,
Dirigindo um balseiro "ingarranchado!"
Dá pra ver que por Deus habilitado,
Ele foi sem pagar nenhum tostão...
Quando a nuvem se rasga, molha o chão,
E na enchente o verão morre afogado!

Sem ter água não pode ter fartura;
E é caríssimo o preço do legume.
Pra comprar, só se for, pouco volume,
Pois não tem quem aguente essa amargura.
Quando chove o Senhor da agricultura
Sente alívio e faz prece em oração.
Quem deu quinze reais em um feijão,
Com três meses já vê o resultado...
Esquecendo o caminho do mercado,
E os castigos perversos do verão!

Crescem ramas, babugens e capim,
E o rebanho se farta nos cercados.
Ninguém vê mais o fogo em alastrados,
Pois a seca que tinha levou fim.
Borboletas pousando no jardim
E nas poças de água do caminho,
É comum e o cantar do passarinho
Prova a todos que não tem mais tristeza.
Só o Autor da sagrada natureza,
É capaz de mudar tudo sozinho!
.
Andrade Lima
23/02/2017
Sertão do Pajeú - Pernambuco








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