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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Poesia: "Eu nasci e cresci vendo o vaqueiro, Campear e aboiar no meu Sertão!", um poema de Andrade Lima












Eu nasci e cresci vendo o vaqueiro,
Campear e aboiar no meu Sertão!

Numa casa de taipa lá no mato
Mãe me teve e me deu muito carinho.
Da janela do oitão via o caminho
Que o vaqueiro corria pra o regato.
Sem temer aos perigos - o boiato,
Esse herói derrubava no alazão
E depois arramava no mourão,
Pra ganhar um "tostão" do fazendeiro.
Eu nasci e cresci vendo o vaqueiro,
Campear e aboiar no meu Sertão!

Lembro quando de pau fiz um cavalo
Pra imitar os vaqueiros de verdade.
Eu corria e pra ter velocidade
Na descida ao cavalo dava embalo.
Sem querer, uma vez, bati num galo
E arrumei com o dono confusão.
Eu cresci e parei de imitação,
Me tornando um vaqueiro verdadeiro...
Eu nasci e cresci vendo o vaqueiro,
Campear e aboiar no meu Sertão!

Esse tempo não volta nem que eu queira
Que voltasse, porque o tempo anda...
O relógio da vida Deus comanda
E a saudade é a única companheira.
Só me resta lembrar a vida inteira
Do curral, do cavalo e do gibão.
Da peteca, da bola e do pião
Que rodava macio no terreiro...
Eu nasci e cresci vendo o vaqueiro,
Campear e aboiar no meu Sertão!

Mote e glosa: Andrade Lima.
Em Teresina PI, 05/02/2017.

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