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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 29 de janeiro de 2017

Poesia: "Todo dia o Sol mata a madrugada Toda tarde vai preso novamente", um poema de Caio Meneses

Fotografia David G. Borges

Todo dia o Sol mata a madrugada
Toda tarde vai preso novamente

Quando a morte da tarde se inicia
Uma cena de filme no poente
Grava o Sol se deitar na cama quente
Numa cena de amor com a noite fria.
A paisagem desenha a poesia
Pra família sentada no batente
Escutando o carão dizer que sente
Uma chuva chegar desembestada.
Todo dia o Sol mata a madrugada
Toda tarde vai preso novamente.

Todo dia a orquestra recomeça
Sem ensaio, plateia ou partitura...
No silencio da mata ainda escura
Vai a noite dormir ao som da peça.
A cantiga se forma e atravessa
A manhã da paisagem do nascente
Sem cantor, nem tenor e nem regente
Meio dia a aurora está cantada.
Todo dia o Sol mata a madrugada
Toda tarde vai preso novamente.

Toda tarde o Sol pende de cansaço
Faz subida pro céu e pra descer
Deixa um facho de luz pra gente ver
O bulício da força do mormaço.
Girassol aproveita o espinhaço
Pra girar sem perder a cena à frente...
Quando o Sol vai chegando ao poente
Toda flor de canteiro está virada.
Todo dia o Sol mata a madrugada
Toda tarde vai preso novamente.

Oceano de água quase preta
Amanhece trocando a cor da roupa
No instante em que o bote da garoupa
Abocanha de vez a borboleta.
O molusco amanhece violeta
Quando o Sol liga a luz incandescente,
Se balança pra trás, nada pra frente,
Despertando a garoupa esfomeada.
Todo dia o Sol mata a madrugada
Toda tarde vai preso novamente.

Glosas de Caio Meneses

Mote de Manoel filó 

CANTIGAS  E CANTOS

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