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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Poesia: "O Ninho e a Casaca-de-Couro", um poema de Flávio Petrônio


O NINHO E A CASACA-DE-COURO  

Quem ensinou engenharia 
Ao formoso passarinho
 
Que constrói todo o seu ninho
Arquitetando em maestria?
Se o rato da mataria,
Decidir por lhe atacar,
Não pode se equilibrar
Na galha enquanto balança,
É que até de segurança
Entende ao edificar.

A árvore, ele escolhe bem,
Tira o nível da galha...
E para não haver falha,
Visa de onde o vento vem.
 
Dos gravetos que ele tem,
O primeiro é o desafio
E sem prego, cola, fio...
Deixa o cipó flutuando
Igual canoa navegando
Na correnteza do rio.

O trançado da madeira,
Que surge na construção,
Depõe sobre um artesão
De inspiração faceira.
Se há galho de espinheira,
O espinho fica pra fora,
Para que a sua ave senhora
Não pressinta de perigo.
Assim, levanta seu abrigo
No apreço de quem namora.

É fino seu acabamento
No balançar do arvoredo.
E ainda existe mais segredo
No que diz revestimento:
Para se aquecer do vento,
Ele o forra com palha e pena
E protege qualquer cena
No grau de privacidade.
Pois no verão em claridade,
A insolação fica amena.

Ele parece um roqueiro
Quando começa a cantar,
Com seu topete a inflar,
Ferrugem no corpo inteiro.
Com íris igual braseiro,
Em amarelo dourado,
Ver na mata o seu reinado;
Faz do canto a redenção,
Mostrando que no sertão,
Tem um mundo encantado.

Quando sua família aumenta,
Perpetuando sua genética,
De maneira mais frenética
Outra construção enfrenta.
Ninho velho, ele aposenta,
Motivando-o trabalhar.
Começa o seu novo lar,
Em resposta a natureza:
Esse sinônimo de beleza
Que vejo em todo lugar.

Poesia: Flávio Petrônio
Imagem: Flávio Petrônio 
Triunfo – PE, 12 de outubro de 2016.

Foto de perfil de Flávio Petrônio

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