Na passagem da brisa a madrugada”
Agarrado a um copo de bebida
Uma luz que apaga em minha vida
Uma folha rasgada do diário
O silêncio devido o alto horário
É quebrado por silvos de rajada
Onde o vento espana uma latada
Onde a coruja estava cochilando
Vejo a luz desse ano se apagando
Na passagem da brisa a madrugada.
Mais um passo que dou ao fim dos dias
Num teatro sutil de fantasias
Onde a rima me serve de consolo
Muito embora um poeta triste e tolo
Que se encanta com o vôo da passarada
Mais um passo que passa rumo ao nada
Onde a chama da vida ta minguando
Vejo a luz desse ano se apagando
Na passagem da brisa a madrugada.
Gota viva de orvalho de amores
Brisa leve a levar pétalas de flores
Afagando o mais feliz dos seres
Mas o tempo chegou com seus dizeres
"A velhice se torna aproximada"
A minha carne se encontra mais cansada
E o meu barco de sonhos naufragando
Vejo a luz desse ano se apagando
Na passagem da brisa a madrugada.
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