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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Poesia: “Quando é belo se ouvir a trovoada Numa tarde de chuva no sertão”, um mote glosado por Sebastião da Silva e Moacir Laurentino


Sebastião da Silva* e Moacir Laurentino**

“Quando é belo se ouvir a trovoada
Numa tarde de chuva no sertão”

Quanto é belo se ver o nevoeiro
Levantar-se pra o lado do nascente
E um trovão instalar dizendo a gente
Que acabou-se misera e desespero
O trovão é a voz do mensageiro
Que anuncia mudança de estação
Na notícia da morte do verão
Canta alegre e feliz a passarada
Quando é belo se ouvir a trovoada
Numa tarde de chuva no sertão*

No arrojo da chuva o rio cresce
E um caniço se arrasta do lugar
O caboclo que vive a trabalhar
Pensa em Deus, se anima e agradece
Uma nuvem pesada só parece
Um lençol fabricado de algodão
Um nascente escorando um torreão
Parecendo uma serra desenhada
Quando é belo se ouvir a trovoada
Numa tarde de chuva no sertão**

Cantam sapos alegres no barreiro
Andorinha esvoaça a meia altura
A formiga se vira em tanajura
E berra um bode assombrado no chiqueiro
Se escuta a toada dum vaqueiro
Rebanhando feliz a criação
Com novena, bendito e oração
A chegada da chuva é festejada
Quando é belo se ouvir a trovoada
Numa tarde de chuva no sertão*

Um riacho aumentando a correnteza
O relâmpago fuzila em todo canto
Cada pingo de chuva é como um pranto
Do olhar da divina natureza
Os aquáticos se juntam na represa
Os insetos se espalham pelo chão
Sopra o vento assanhado a plantação
E a floresta ficando arrepiada
Quando é belo se ouvir a trovoada
Numa tarde de chuva no sertão**

Água nova com velha se mistura
E ao sentir o sabor da água nova
Se agita o peixe na desova
Pra menino que pesca é festa pura
Camponês ansioso por fartura
Ara a terra e começa a plantação
E em cada semente e cada grão
Fica o sonho da safra desejada
Quando é belo se ouvir a trovoada
Numa tarde de chuva no sertão*

Qualquer vivo da terra se anima
Quando surge o prenúncio do inverno
Vendo a mata vestindo um novo terno
É a folha no galho, a chuva em cima
Na mudança de tempo, mês e clima
O profeta melhor é o trovão
O poeta maior é um carão
Quando canta um poema na chapada
Quando é belo se ouvir a trovoada
Numa tarde de chuva no sertão**

Sebastião da Silva* e Moacir Laurentino**

CANTIGAS E CANTOS

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