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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Poesia: “Mocidade é um vento passageiro, Beija a face da gente e vai embora”, um mote glosado por Paulo Passos


“Mocidade é um vento passageiro,
Beija a face da gente e vai embora”

A criança traduz felicidade!
Egocêntrica nas suas brincadeiras,
Com piões enrolados nas ponteiras,
Dá fincões pelo chão da liberdade.
Joga bila e peteca na cidade
E pastora preás sem ver a hora;
Com um tempo, depois, relembra e chora,
Pois não vai mais brincar nesse terreiro.
Mocidade é um vento passageiro,
Beija a face da gente e vai embora.

Que saudade do tempo de criança
Quando o sol tinha cor de liberdade;
Brincadeiras nas ruas da cidade,
Tenho, ainda, guardadas na lembrança.
Mas o tempo cruel que não descansa,
Traça as rugas no rosto sem demora;
A coluna se enverga nessa hora,
Como os galhos de um velho cajueiro,
Mocidade é um vento passageiro,
Beija a face da gente e vai embora.          

Eu relembro contente a minha infância!
Enrolando feliz o meu pião;
Como era bonito o meu sertão!
Sem maldade, inveja ou inconstância.
Nosso pé de algaroba era a estância
Pra brincarmos de bila na aurora;
Só parava quando o sol ia embora,
Mas morreu esse sonho prazenteiro.
Mocidade é um vento passageiro,
Beija a face da gente e vai embora.

Quem foi jovem e feliz, sentiu saudade
De uma fase tão bela e divertida!
Sonhou alto, viveu a sua vida,
Teve amor e sentiu felicidade.
Não esquece e ainda tem vontade
De voltar ao tempo  de outrora;
Baixa a fronte e ao lembrar, ainda chora,
Pois só tem o temor por companheiro.
Mocidade é um vento passageiro,
Beija a face da gente e vai embora.     

Se eu voltasse a ser jovem novamente
E encontrasse a primeira namorada,
Que, na época, pra mim, era uma fada,
Uma estrela a brilhar no oriente.
Seu olhar parecia sol nascente
Da manhã, quando vai rompendo a aurora;
Mas o tempo jogou tudo isso fora,
Acabou-se o meu sonho derradeiro.
Mocidade é um vento passageiro,
Beija a face da gente e vai embora.

Eu, no tempo da minha juventude,
Tinha tudo, hoje sinto só saudade!
Fui feliz e gozei a mocidade
Indo às festas e banho de açude.
Nessa vida, fiz tudo quanto pude,
Mas o tempo cruel já me devora;
A tristeza no corpo, já se escora,
Acabou-se o meu sonho tão ligeiro.
Mocidade é um vento passageiro,
Beija a face da gente e vai embora.   
     
Paulo Passos
“Professor e Poeta”
    
Poesia extraída do cordel: “O homem, o tempo e o amor”, do poeta Egipciense Paulo Passos”


CANTIGAS  E CANTOS  

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