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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 28 de maio de 2016

Poesia: "Quem sofre, vive lembrado, quem passa bem, tudo esquece", um mote glosado por João Batista de Siqueira “Cancão”















"Quem sofre, vive lembrado
Quem passa bem, tudo esquece"

Foi penoso o meu sofrer
Ao perder aquele anjo
Eu com tanto desarranjo,
Meu bem com tanto prazer
Viveu a me maldizer
Como achei quem me dissesse
Hoje volta e me oferece
Seu amor, muito obrigado
Quem sofre, vive lembrado
Quem passa bem, tudo esquece

Pediu-me por caridade
Para dar-lhe uma esperança
Onde não há confiança
Não pode haver amizade
Eu dando crença à metade
Do que me diz que padece
Se de novo eu lhe quisesse
Seria um desvergonhado
Quem sofre, vive lembrado
Quem passa bem, tudo esquece

Causou no meu coração
A mais profunda ferida
Vem agora arrependida
A implorar compaixão
Desejo dar-lhe perdão
Mas um sentido aparece:
Um dia ensoberbece,
Faz o que fez no passado
Quem sofre, vive lembrado
Quem passa bem, tudo esquece

Lembrou do meu padecer
Hoje a sorte lhe condena
Poderia até ter pena
Não penso e não posso ter
Isso dá a conhecer
O que na vida acontece
Saber o quanto entristece
Um coração desprezado
Quem sofre, vive lembrado
Quem passa bem, tudo esquece

Por má vontade que tinha
Fez-me essa ingratidão
Quis medir a sua ação
Pelo tamanho da minha
A alma vil e mesquinha
Deus olha e não favorece
Disse até que desconhece
As histórias do meu fado
Quem sofre, vive lembrado
Quem passa bem, tudo esquece

Logo ao quebrar sua jura
Vivia se divertindo
Cantando alegre e sorrindo
Sem olhar minha amargura
Vem agora e me procura
Sempre por mim se encarece
Deixa, que outro aparece
Pra perdurar teu pecado
Quem sofre, vive lembrado
Quem passa bem, tudo esquece

João Batista de Siqueira “Cancão”

Poema retirado do livro “Palavras ao plenilúnio” de Lindoaldo Jr.


CANTIGAS E CANTOS

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