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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Poesia: "No batente de pau do casarão", um poema de Zeto



Eu conheço a história de um batente
Que por mais de cem anos foi pisado.
Quando a casa caiu foi retirado
Pra uma sombra que tinha assim na frente.
E de acento serviu pra muita gente
Esperar com a família o caminhão.
Quantos anos ficou ali no chão
Esperando o amanhã com paciência?
Acho até que existe consciência
No batente de pau do casarão.

No batente da casa da fazenda
Tropecei quando ainda era bem moço
Esperei mãe trazer o meu almoço
Vi Maria sentada fazer renda
Muita gente deixava uma encomenda
Um menino batia o seu pião
Pra ficar mais macio em sua mão
Dava toques profundos na madeira
Tem até um buraco de pingueira
No batente de pau do casarão.

De braúna foi feito esse batente
Bem sentado no chão por um pedreiro
Cada marca em seu corpo é um janeiro
Que lhe deixa pr’um lado assim pendente
Mesmo assim rijo, forte e resistente
Se escalda nos dias do sertão
E o passado lhe traz recordação
Dos trinados de esporas e chocalhos
Que fizeram com o tempo esses mil talhos
No batente de pau do casarão.

                           Zeto


Blog do André Sarafim

Um comentário:

  1. Me recordo dos tempos de muleque, lá no sítio onde nasci e vivi até meus 18 anos. Sempre em algum lugar, havia um banco velho de madeira firme e mesmo uns troncos bem resistentes que servia de assento. E, imaginem, como era confortável.
    Que saudade.
    No Batente de Pau do Casarão. Um belo Poema. Quanta censsibilidade, Parabéns Zero, mais um na minha lista dos Poetas Nordestinos.

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