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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Poesia: Inspiração Poética de Fabiana Prado

  
Fabiana Lúcia do Prado Sidaury é natural de São José do Egito –PE. Alto Sertão do Pajeú, nascida em 10 de outubro de 1970. Filha de Wandelson Barbosa Lopes, falecido em 1988, homenageado, colocaram o seu nome no Ginásio de Esportes “Wandelson Barbosa Lopes”, e de Rosa do Prado Lopes, falecida em 31 de dezembro de 2005. Também homenageada pela sociedade, onde a sede da Secretaria de Educação recebeu seu nome “Rosa do Prado Lopes”. É neta de um dos maiores repentistas do Pajeú José Lopes Neto (Zé Catota), já falecido, que ficou conhecido popularmente como o último pilar do edifício de uma geração  de grandes cantadores, uma cachoeira de onde jorrava grandes poesias, todas de improviso.
É formada em letras, pós-graduada em língua, linguística e literatura, professora de língua portuguesa da Rede Estadual, leciona e é coordenadora de apóio na Escola Édson Simões, foi Secretária Municipal de Assistência Social, cursou  liturgia em Canindé-CE. Tem duas filhas: Mayara Karen do Prado e Petrúcia Fabiane do Prado. É esposa de Danilo Sidaury, bacharel em direito e executivo  do grupo Neo-energia.
Teve suas primeiras inspirações poéticas, ainda na adolescência, mas veio mesmo a florescer na maturidade, quando atingiu o processo de amadurecimento intelectual, considera como sua maior virtude o amor que sente pelas pessoas, pela família e, principalmente, pelos irmãos: Maria Madalena, Kalina Lígia, Laura do Prado, Willan do Prado e Raul Wagner.
                                             Por Fabiana Prado

Fabiana minha neta
É em português formada
Em São José do Egito
É poetisa afamada
No fim da ramagem velha
Tem uma flor perfumada
                                     (Zé Catota)

Conversando com avô Zé Catota e  o mesmo declamou uma estrofe de Zé Soares, afirmando ser difícil de outras pessoas conseguirem pagar tal estrofe por conta do trocadilho.

Ela não diz o que fiz
Eu não digo o que ela fez
Nós fizemos de uma vez
Eu não digo, ela não diz
Ela até hoje não quis
Dá ao povo a perceber
Eu também não vou dizer
O que se passou comigo
Ela não diz, eu não digo
Quem é que pode saber?
                               (Zé Soares)

Mesmo sabendo que era difícil de chegar perto das poesias de tal poeta, tentou alegrar o avô com essa estrofe no mesmo sentido.

Não conte nada a ninguém
Fique comigo calado
Escute tudo ao meu lado
Que juro te querer bem
Eu faço o mesmo também
Eu garanto não dizer
Envolva-me no prazer
Que faço o mesmo contigo
Você não diz e eu não digo
Quem é que pode saber?

Mote:
Comparei o teu rosto com um poema
Pra mais nunca sentir tanta saudade.

A distância aumenta o meu desejo
E contigo jamais eu ficarei
Mesmo sem quebrar o que jurei
Quanto mais fecho os olhos mais te vejo
E ao ouvir-te, eu sempre te cortejo
Como sendo sublime divindade
Mas preciso fugir isso é verdade
Na certeza fatal do nosso esquema
Comparei o teu rosto com um poema
Pra mais nunca sentir tanta saudade.

Contemplar-te na vida, não me cansa
Se tentar, jamais posso te esquecer
Porque vejo o amor em mim crescer
Por mais que o outro tente não te alcança
Devolveste minha grande esperança
Que um dia me roubaram com maldade
Mas em ti encontrei felicidade
Que pois fim no conflito do dilema
Comparei o teu rosto com um poema
Pra mais nunca sentir tanta saudade.

Inspirada em uma poesia de Donzílio Luiz, Fez essas  duas estrofes:

Tu não sabes o tempo que te espero
Não entendes o tanto que te amo
Muitas vezes sonhando ainda te chamo
É por isso que eu sempre te venero
Com finezas de amor considero
És a causa das minhas desventuras
Não me lembro de outras criaturas
Não me envias bilhetes telegramas
E tu que dizes que tanto me amas
Tens o remédio, porém não me curas


 Tu és minha razão mais predileta
 Nunca pude esquecer-te um só segundo
És a única pessoa neste mundo
Que me torna feliz e mais completa
Como os sonhos  brilhantes de um poeta
Nos seus versos vividos de aventuras
Pois nos beijos das bocas que procuras
Minha boca difere de outras damas
E tu que dizes que tanto me amas
Tens o remédio, porém não me curas

No mote do José Adalberto

Como é bom se contar com professor
No momento em que posso precisar
Eu procuro e não sei como explicar
Como é grande a pessoa e o seu valor
Foi você que ensinou-me com amor
Sem você nada disso eu saberia
É  meu mestre vovô e eterno guia
Meu velhinho, meu anjo, meu catôta
Quem me dera ser dona de uma gota
Do perfume de sua poesia.

Fabiana Prado


Cantigas e Cantos

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