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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 23 de abril de 2016

Poesia: "Andante solitário", um poema de Arlindo Lopes


ANDANTE SOLITÁRIO  

O meu corpo que foi forte colosso
É ossada à vagar por vasta estrada
Que persiste seguir sua jornada
Tendo a dor torturando cada osso
Nem das sobras com seu sabor insosso
O seu cheiro sequer eu posso ter
Não encontro mais forças pra sofrer
E meu corpo do pão já não se nutre
Sou sobejo das garras de um abutre
Que não acha em meu ser o que comer

O meu rosto se mostra descontente
Por viver nessa vida abandonado
Desconheço o prazer de ser lembrado
Por qualquer um que seja meu parente
Já não tenho mais mente consciente
Pra seguir a correta direção
Todo rumo que sigo é contramão
E não tenho parada em lugar certo
Na cidade, no campo ou no deserto
Tem a marca da minha solidão

Todo dia atravesso sofrimento
Nessa vida de sendas escabrosas
Sigo o tempo das horas pavorosas
Enfrentando o combate violento
Sou fadado a viver no esquecimento
Abraçando o pavor do meu temor
Minha luz apagou seu esplendor
E o negrume das trevas me persegue
Não existe na vida quem carregue
O seu fardo maior que minha dor

Indefeso e levado pelo vento
Sou espectro secreto e abstrato
Uma sombra no vão do anonimato
Que não muda seu torpe pensamento
Sigo o nada sem nada ter intento
De manter o meu cérebro absorto
O vazio de pleno desconforto
Me acompanha na sina desvalida
E na curva cruel que espreita a vida
Hão de um dia me achar caído morto


ARLINDO LOPES “Pirraia”
São José do Egito - PE.

CANTIGAS E CANTOS

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