Seguidores

Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Fãs disputam rosas em gravação de Roberto Carlos nos estúdios Abbey Road

 CD e DVD ‘Primeira fila’ marca os 50 anos da estreia do cantor no mercado hispânico




Roberto Carlos se apresenta acompanhado de uma banda formada por conceituados músicos latino-americanos
Foto: Divulgação/Maurício Contreir

 LONDRES - Na porta dos estúdios de Abbey Road, em Londres, o clima é sempre o mesmo: turistas fazem fila para atravessar a faixa de pedestres, repetindo a imagem da capa do disco “Abbey Road”, na qual os Beatles cruzam a rua em passos sincronizados e imortalizados pelo fotógrafo Iain Macmillan em agosto de 1969. Os motoristas já sabem que precisarão frear para os pedestres posarem no meio da rua, em grupos de quatro. Mas a bagunça só é permitida do lado de fora dos estúdios. Da porta para dentro, respira-se um clima quase religioso. Os Beatles gravaram ali a maioria de seus discos, fazendo do lugar uma terra sacrossanta, venerada tanto pela alta qualidade dos equipamentos quanto pelas histórias que guarda. Pouca gente tem autorização para entrar, mas nos últimos dias 11 e 12 foi aberta uma exceção para um público não beatlemaníaco. Os fãs de Roberto Carlos invadiram Abbey Road com a devoção de sempre.

Para lembrar os 50 anos de sua estreia no mercado de língua hispânica, o cantor, de 74 anos, gravou CD e DVD comemorativos no Estúdio 1, o maior de Abbey Road. O salão ganhou painéis azuis para compor o cenário da gravação do álbum “Primera fila”, que será lançado no segundo semestre com a maioria das canções em espanhol. Avesso a inovações, Roberto aceitou uma mudança significativa para seus padrões: trocou os músicos da tradicional RC9 por uma banda com quem nunca havia tocado antes, comandada pelo guitarrista e diretor musical americano Tim Mitchell, um parceiro habitual de Shakira. Arranjos novos deram uma outra cara a clássicos como “Estrada de Santos” e “Eu te amo, te amo, te amo”, que ganhou uma batida de reggae. Mas não há nada no repertório que possa espantar o público fiel. Embora cercado de magia, Abbey Road, que viu o começo e o fim dos Beatles, não é capaz de transformar tanto assim um Roberto Carlos.

A ideia de gravar no local partiu da gravadora Sony Music. A simplicidade da fachada branca no número 3 da Abbey Road esconde corredores que veem a história da música sendo escrita. Definido por McCartney como o melhor estúdio do mundo, em 80 anos de existência o casarão recebeu nomes como Ella Fitzgerald, Glenn Miller, Pink Floyd, Michael Jackson e Radiohead, entre muitos outros. Em Abbey Road, Amy Winehouse fez sua última gravação, o tocante dueto “Body & soul” com Tony Bennet (2011), e a London Symphony Orchestra produziu a trilha da série “Guerra nas estrelas”.

— É um momento de muita emoção para mim estar aqui, por onde passaram tantas celebridades. Mas vamos cantar, né? — anunciou Roberto em espanhol, logo no início da gravação, para um público de 150 convidados.

Se músicos profissionais cruzam a porta de Abbey Road profundamente emocionados, como se fizessem uma peregrinação, o público fiel do Rei não estava tão interessado em reverenciar as histórias do lugar e sim o repertório que abriu com “Emoções” e fechou com “Jesus Cristo”, ambas interpretadas em espanhol e português. A referência aos Beatles veio na primeira parte da apresentação, mas só depois de a plateia entoar junto com o ídolo “Amigo”, “Detalhes”, “Amada amante” e “O portão”.

— Meu inglês não é lá essas coisas, mas vou cantar Beatles, que gravavam aqui ao lado, no Estúdio 2 — explicou ele, antes de “And I love her”.
O público aplaudiu a homenagem, mas não delirou. Os urros estavam reservados para canções mais kitsch como “Mulher pequena”. “Sou eu! Sou eu, Roberto!”, gritavam moças na plateia, enquanto o cantor ria e dava uma piscadela malandra para Olgui Chirino (guitarra e back vocal), uma loura que disfarçava a baixa estatura com um par de sandálias azuis de saltos altíssimos.
Vestidos de azul, a banda de estrangeiros (os únicos brasileiros eram o guitarrista Grecco Buratto e o tecladista Tutuca Borba) parecia se divertir com as mãozinhas em forma de coração captadas pelas câmeras ao longo de toda a gravação. Antes da entrada de Roberto em cena, Olgui se encarregara de ensaiar com os convidados os refrãos mais importantes. Como se fosse preciso.

PROIBIÇÃO DE FOTOS IGNORADA

Com o usual domínio da plateia, por maior ou menor que ela seja, o cantor gravou durante duas horas e meia, passeando pelas fases romântica (“Eu te proponho”), rebelde (“Ilegal, imoral ou engorda”) e religiosa (“A montanha”). Quando errava uma letra e pedia desculpas, ouvia: “Você pode tudo, meu rei!”.

O sertanejo foi homenageado numa das surpresas da apresentação, um dueto com o astro pop mexicano Antonio Carlos Solís. Os dois cantaram “Arrasta uma cadeira”, parceria com Erasmo Carlos originalmente gravada com Chitãozinho e Xororó, e agora traduzida para o espanhol. Mas a maior novidade ficou por conta dos músicos. Além de Mitchell, Buratto, Borba e Olgui, participam do “Primera fila” Pedro Alfonso (violino), Albert Menendez (piano), Brendan Buckley (bateria), Richard Bravo (percussão) e Erik Kertes (baixo) — todos nomes disputados no mercado latino-americano

POR 

Nenhum comentário:

Postar um comentário