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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 3 de março de 2015

Poesia: “Sou grato a Deus todo dia porque nasci no sertão”, um mote em sete glosado por Diomedes Mariano



Foto: Imagem / Google

“Sou grato a Deus todo dia
Porque nasci no sertão”


Nasci distante da rua
Ouvindo o som de chocalho
Vendo o céu jogando orvalho
Nos ombros da rosa nua
Perguntando a paz e a lua
Caia como um balão
Lavando os calos da mão
Na água da melancia
Sou grato a Deus todo dia
Porque nasci no sertão

Sou do chão que a planta tenta
Fugir de cada centelha
Dobra a folha e sua ajoelha
Na hora que a terra esquenta
Onde a juriti sedenta
Doideja mais no verão
Quanto mais olha pra o chão
Mais vê cacimba vazia
Sou grato a Deus todo dia
Porque nasci no sertão

Sou do chão que o gato azunha
Quando vê cachorro brabo
Enxada soltando o cabo
Depois da folga da cunha
Onde mãe quebrava a unha
Nas debulhas de feijão
Ouvindo a queda do grão
Tocar baião na bacia
Sou grato a Deus todo dia
Porque nasci no sertão

Na escola nordestina
Aprendi que o tejo é mouco
João de Barro faz rebôco
Sapo não morre em piscina
Ticaca faz da urina
Seu muro de proteção
E a cor do camaleão
Depois da raiva varia
Sou grato a Deus todo dia
Porque nasci no sertão

Diomedes Mariano
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