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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Poesia: "Desabafo de um matuto", um poema de Carlos Aires

 

Doutor, a minha postura,
É de um “cabra” rude e broco;
Que se criou lá na brenha,
Sofrendo, arrancando toco,
Tirando ração pra o gado,
Trabalhando no roçado,
Do nascer ao por do sol,
Pra garantir o sustento;
E não faltar alimento,
No estoque do paiol.
Não pensem que é moleza
Enfrentar a sequidão;
Que causa o cruel transtorno
Para os povos do sertão;
Quando a terra ressequida,
Apaga os lumes da vida,
Sob os raios do sol forte;
Que com seu efeito vário,
Demonstra o triste cenário,
De desolação e morte.
Esse cenário doutor!
Podia ser diferente;
Se os políticos que governam,
Olhassem mais para a gente;
Fossem perfeccionistas,
E não meros egoístas,
Que cuidam do próprio ego
Tendo o erário em estorvo;
Pensam que o nosso o povo,
É ingênuo, surdo e cego.
É fácil de perceber
Como nos passam pra trás;
Escândalos do mensalão,
Lava-jato, Petrobras;
Senadores, deputados,
Governadores de estados,
Agindo de forma omissa;
Com as leis ultrapassadas
Ficam nelas amparadas,
Fazendo afronta a justiça.
Os desvios no tesouro
Amplamente divulgados,
Já ultrapassa os bilhões,
E os beneficiados,
Por tamanhas extorsões;
São dos altos escalões,
Da governabilidade,
Que com suas negligências,
Investem nas imprudências;
Certos da impunidade.
Enquanto isso a saúde
Está no caos, atolada;
Hospitais sucateados,
Por eles ninguém faz nada;
É de causar asco e tédio;
Falta, instrumentos, remédio,
Esparadrapo e vacinas;
E as verbas liberadas
Pra esse fim, são desviadas,
Pra pagar fraude e propinas.
A mesma coisa acontece
Com a nossa educação;
O professor é mau pago,
Faltando estruturação,
Sem material didático,
O sistema é problemático,
Obsoleto e antiquado;
Quem sabe se o numerário,
Pra esse destinatário,
Tomou o caminho errado?
E no item “segurança”,
O sistema está falido;
A polícia bem que tenta,
Mas, não pode com o bandido,
Que está muito bem armado;
Além disso, é amparado,
No trajeto dos seus planos,
Estupram, roubam e matam,
E os apoios não lhes faltam,
Dos tais “direitos humanos”.
Isso só vai melhorar
Se um dia for implantado,
Um sistema de governo,
Muito bem elaborado,
Com leis severas e fortes,
Pra garantir os suportes,
Fazendo com que o ladrão;
Devolva com ágio e jurus
Desvios de verba, e furos,
Dos cofres dessa Nação.
Mas, enquanto eu e você,
Que não tem nada com isso,
Estamos literalmente,
Assumindo o compromisso,
De arcar com a “batata quente”;
O rombo que o delinquente,
Deixou nos cofres do Estado,
Nós é que estamos pagando,
Um preço alto, e amargando,
Em cada imposto cobrado.
Portanto o meu desabafo
Chegou ao ponto final;
Deixei aqui meu alerta,
Aguardando o seu aval;
Mesmo eu sendo um camponês,
Fui claro, e com sensatez,
Descrevi esses perfis,
Defendendo a pátria amada
A minha terra adorada,
O Brasil! Que é meu país!
Carlos Aires
Proseando na sombra de um juazeiro
Jornal Besta Fubana

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