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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 1 de março de 2015

Memórias: Jovem Guarda 50 anos

A Jovem Guarda completa, neste ano, cinco décadas de seu marco inicial, eternizada por artistas e fãs


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O ano de 1965 foi uma festa para a música popular brasileira: dos boleros e sambas da velha guarda, passando pela bossa nova, canções de protesto e pelo rock - o Brasil fervia. E foi ali, há cinquenta anos, que tomou forma um dos maiores fenômenos de nossa música, com Erasmo Carlos, Wanderléa e Roberto Carlos estrelando o programa televisivo que batizaria toda uma geração: a Jovem Guarda.
Divisor de águas, em pouco tempo, a nova atração estava em primeiro lugar de audiência. Em quatro anos no ar, entre 1965 e 1968, o programa se confundiu com a história da própria Jovem Guarda enquanto movimento, que viveu naqueles anos seus tempos áureos.
Nomes como Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, Golden Boys, Renato e Seus Blue Caps, Os Incríveis, Deni e Dino, Martinha, Rosemary, Leno e Lilia viraram mitos até hoje lembrados.
"Acho que a Jovem Guarda faz sucesso até hoje porque, por mais que as coisas se modifiquem, e digam que amor é coisa careta. No fundo, as pessoas gostam disso, e vão gostar sempre. O sucesso da Jovem Guarda é essa mistura de amor e coisas pra frente, guitarras, bateria, som", sugere o músico Renato Barros, líder do Renato e Seus Blue Caps, um dos protagonistas daquela geração, até hoje na ativa com seu conjunto.
Em 2015, fãs e artistas comemoram os 50 anos do "iê iê iê". Considerado o primeiro e, ainda hoje, um dos maiores fenômenos de massa da indústria fonográfica nacional, em torno da Jovem Guarda giram ainda críticas e preconceitos, mas há também uma enorme saudade e carinho por parte de seus admiradores. O Caderno 3 de hoje embarca nessa onda, revisitando histórias, entrevistando testemunhas oculares e contando um pouco do que foi - e para muitos ainda é - a eterna Jovem Guarda.
Primórdios
Os primeiros capítulos dessa se confundem com a própria chegada do rock'n roll no Brasil. A novidade, que explodiu no Estados Unidos em 1955, chegava ao País, ainda em 1955, em versão de Nora Ney - intérprete, até então, de músicas de fossa - para "Rock Around the Clock". A música de Bill Haley virou "Ronda das horas".
No final daquela década, as bandas de rock já começavam a se disseminar pelo País, como o The Snakes, primeira banda do jovem Erasmo, ou "The Sputniks", que reunia Roberto Carlos e Tim Maia, ambos adolescentes no Rio de Janeiro. As primeiras grandes estrelas do rock brasileiro, foram, no entanto, a dupla Celly Campelo e Sérgio Murilo, considerados os pré-cursores do que seria a Jovem Guarda.
Os dois colecionaram sucessos entre 1959 e 1962, que já tomavam a direção das levadas românticas e ingênuas que se popularizariam nos anos seguintes, como "Estúpido Cupido", versão de Fred Jorge para "Stupid Cupid", e "Banho de Lua", baseada na italiana "Tintarella di luna".
"Não é um movimento. Não tinha uma proposta, não tinha um manifesto, não era o caso", defende o pesquisador e produtor musical Marcelo Froes, autor do livro "Jovem Guarda Em Ritmo de Aventura" (2000). A tese de que os artistas daquela geração teriam saído diretamente das fábricas subterrâneas das grandes gravadoras, rejeita Froes, é igualmente falsa. "Não foi fabricado nada. Foi totalmente espontâneo. As gravadoras apenas souberam capitalizar o que estava ali, como qualquer coisa que venda. Depois que a Jovem Guarda aconteceu ficaram mais atentos, até, aos talentos, e oportunidades que surgissem", analisa.
Fábio Marques
Repórter
Diário do Nordeste

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