Seguidores

Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Poesia: "O Donzelo da Melancia", um poema de Carlos Aires


Carlos  Aires

O DONZELO DA MELANCIA

Lembro um rapaz
Morador na Melancia,
Que chorava todo dia
Com vontade de casar;
Foi pra cidade,
Arranjou uma pequena,
Seu moço faz até pena,
Quando eu começo a contar.
Ele, um donzelo,
Matuto, broco e inocente;
Ela muito experiente
Vivenciada demais,
O seu emprego
Foi sempre de marafona,
Nos cabarés lá da zona,
Que tem na beira do cais.
Mas, o coitado,
Não sabia o que era isso
Assumiu um compromisso,
De casar com a guria,
Agiu depressa
Pra fazer o casamento
E até roupa pra o jumento,
Comprou na alfaiataria.
Cevou um boi
Para o churrasco da festa
Preparou baile, seresta,
Pra noitada especial;
E com requinte
Organizou a matriz,
Convidou padre e juiz,
Para o cerimonial.
Deu-se o casório
Bem no final de setembro,
No meado de novembro
Já havia “cachimbada”;
O moço ancho,
Ficou foi muito contente;
De tão inexperiente
Nem desconfiou de nada.
Pensou que o filho
Fosse seu legítimo herdeiro;
E gritou pra o mundo inteiro
Fiz coisa que ninguém fez!
Sou muito macho,
Provei que não sou mofino,
Pois pra gerar um menino
Passei pouco mais de um mês.
Eu vejo gente
Que casa e fica embromando,
O tempo vai se passando,
E não se agrega ao esquema;
A mulher passa
Nove meses no sufoco,
Pois eu, em um mês e pouco,
Resolvi esse problema.
Quanta Inocência
Contida nesse matuto;
Pois não foi bastante astuto
E nem sequer percebeu,
Que aquela moça
Com quem casou e deu luxo,
Já trouxe da zona o “bucho”
E o filho não era seu.
Carlos Aires
Proseando na sombra do Juazeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário