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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Poesia: "Parábola dos regimes dos bichos", por Virgílio Siqueira


Parábola dos regimes dos bichos

Não importa o regime
Borboletas e beija-flores serão sempre leves
Gado – ancho no pasto – sempre gordo
Não importa o regime
Pássaros manterão seus mantras em gorjeios
Abelhas, zumbindo, a doçura dos seus favos
Não importa o regime
Silenciosas, formigas rasgarão suas casamatas
Indomado, gato-pardo se manterá como tal
Não importa o regime
Peiticas, intermitentes, silvarão aos ventos seus pios
Periquitos-gangarras estrilarão algazarradas revoadas
Não importa o regime
Mãe-da-lua continuará tecendo seu agouro soturno
E o uirapuru, encantos, sonatas e melódicos enigmas
Não importa o regime
O teiú permanecerá guardado em sua pele/camufla
E o pavão, à parvoíce exposto na exibição das plumas
Não importa o regime
O leão sempre urrará insaciável em sua fome carnívora
E as hienas – furtivas ou fugidias – chorarão seus ganidos 
Não importa o regime
Burguesas imponentes arrulharão seus cantos inaudíveis
Papagaios repetirão frases sem aferir-lhes o conteúdo
Não importa o regime
Garças manterão a reluzente brancura à custa dos carrapatos
Pinguins, seus ternos a serviço da postura pueril, inebriada
Não importa o regime
Regras e leis exaustivamente discutidas em seus teores
E os homens – bichos indefinidos – a elas submetidos
Não importa o sistema

Virgílio Siqueira
Virgilio Siqueira

VAGA-LUMEAR – Pág. 494

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